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Otavio Furtado

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Subprefeito da Zona Norte sofre ataques homofóbicos nas redes sociais

Advogada alerta que mesmo direcionado a uma pessoa heterossexual os comentários podem ser enquadrados como LGBTfobia

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22 jun 2023, 08h03
Participação de subprefeito da Zona Norte no Futgay gerou ataques homofóbicos nas redes sociais
 (Alerta Rio/Instagram)
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A participação do subprefeito da Zona Norte, Diego Vaz Ferreira, em um tradicional evento LGBTQIA+ na região gerou uma série de comentários homofóbicos nas redes sociais. Em postagem sobre a participação de Diego na 9ª edição do Futgay na página Alerta Rio usuários usaram a homossexualidade como algo negativo, mesmo ele sendo heterossexual.

“Sou heterossexual mas um aliado. Além disso, como gestor público tenho que governar para todos”, falou Diego Vaz sobre sua participação no evento. Ele afirmou ainda que a subprefeitura ajudou com estrutura para que o campeonato pudesse acontecer, além de ter reformado a quadra. Um legado que será usado pós evento por moradores da região.

Após tomar conhecimento dos comentários nas redes sociais o subprefeito afirmou que se sente ainda mais motivado para continuar apoiando as demandas da comunidade LGBTQIA+. “Só quando comecei a ler os comentários é que consegui entender o que as pessoas dessa comunidade sofrem todos os dias. Isso me deixa muito triste, mas me motiva a continuar sendo um aliado”, afirmou.

9ª edição do Futgay na Zona Norte do Rio
Evento tradicional da Zona Norte, Futgay chegou a nona edição com apoio da subprefeitura (Alerta Rio/Instagram)

Segundo Ananda Putcha, advogada que defendeu a criminalização da LGBTfobia no STF e membro da Liga Brasileira de Lésbicas, mesmo direcionado a uma pessoa heterossexual os comentários podem ser considerados homofóbicos.

“Este tipo de situação pode ser enquadrada como LGBTfobia e equiparada juridicamente ao racismo e não a injúria racial, já que ao ser direcionada para uma pessoa heterossexual mostra que o ódio é pela comunidade e não direcionado a um indivíduo”, explica a especialista. Ela alerta ainda que ao ser feito em redes sociais já serve como prova.

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