Rotatividade de funcionários LGBT causa prejuízo de R$ 1,4 bi
Por outro lado 72% dos profissionais LGBT têm a tendência de ficar mais tempo nas empresas diversas e acolhedoras
A empregabilidade de pessoas LGBTQIA+ é apenas o primeiro, mas não único desafio das empresas. Além de trazer para a força de trabalho, é preciso acolher esses colaboradores e garantir que o ambiente seja saudável para que eles possam se sentir livres para ser eles mesmo.
Recente pesquisa da WTM mostrou que o número de profissionais queer com graves níveis de ansiedade ou depressão no Brasil é praticamente o dobro do que entre heterossexuais. Isso se reflete diretamente na rotatividade de funcionários LGBT, que segundo estudo da ONG Out Now gera um prejuízo de R$ 1,4 bilhão para as empresas brasileiras.
“Não basta a empresa oferecer uma vaga afirmativa para a diversidade, se ela não possui uma cultura interna capaz de acolher e incluir aquele colaborador ou colaboradora junto à equipe”, explica Fátima Macedo, psicóloga e CEO da Mental Clean, consultoria especializada em saúde mental do trabalhador.
Já as empresas inclusivas tendem a ter lucro maior. Para 55% dos funcionários entrevistados pela pesquisa “Diversity Matters”, comandada pela consultoria McKinsey & Company na América Latina (2020), as empresas mais diversas têm maior probabilidade de retorno financeiro que seus concorrentes. Outro ganho é que os funcionários tem 152% mais de chances de propor ideias quando estão em uma organização diversa.
Além disso, o estudo revelou ainda que 72% dos entrevistados têm a tendência de permanecer por mais tempo nas empresas acolhedoras e 82% tem desejo de ser promovido.