Rebecca analisa por que funk demorou a ganhar destaque no Rock in Rio
Prestes a estrear na versão carioca do festival, cantora acredita que preconceito atrapalhou o ritmo a ganhar o destaque merceido
Ela já passou pelo festival, mas em uma edição portuguesa. Agora será a vez de Rebecca estrear no Rock in Rio em casa, no Rio de Janeiro. Apesar de felicidade em poder ter a família por perto acompanhando esse momento, a artista lembra a resistência do Brasil em valorizar o funk.
“Em Lisboa não pude levar a minha família, então estou muito feliz porque eles vão pode prestigiar o show. Feliz por ser no Rio, por eu ser carioca e por dividir o palco com artistas que eu adoro”, celebra a cantora que se apresenta no primeiro dia do festival (13/09) junto com MC Daniel e MC Soffia, como convidados da Funk Orquestra.
Se a cultura urbana ganha destaque nos palcos principais nesta edição do Rock in Rio, especialmente no dia 13 de setembro, quando também passam pelo Palco Sunset MC Cabelinho, Veigh e Orochi; além de Travis Scott, Matuê, 21 Savage e Ludmilla no Palco Mundo, houve no passado uma certa resistência na inclusão do funk, rap e trap no line-up principal do festival.
Para Rebecca isso é reflexo do preconceito de parte do público brasileiro com gêneros que são oriundos das comunidades: “Me sinto muito orgulhosa por ser uma mulher que canta funk e leva esse gênero para outros lugares. Mas é muito triste ver que os brasileiros têm esse preconceito com o proibidão, que lá fora já se tornou natural inclusive com artistas internacionais nos enaltecendo”.
A artista destacou que vários artistas internacionais estão incluindo funk nas suas músicas, exemplificando com a faixa “SpaghettII”, de Beyoncé, que usa uma batida de “Aquecimento das danadas”, do DJ O Mandrake. “Não entendo porque o Brasil tem tanto preconceito com o funk. Acho que tinham que estar orgulhosos, afinal é um patrimônio nacional”, finaliza.