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Otavio Furtado

Por Otavio Furtado, jornalista e consultor de diversidade & inclusão Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Rio sediou a primeira parada do Orgulho LGBTQIA+ do Brasil 30 anos atrás

Marco histórico já teve tentativas de apagamento, mas documentação comprova pioneirismo da cidade

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Atualizado em 26 jun 2025, 16h40 - Publicado em 26 jun 2025, 16h39
primeira Parada do Orgulho LGBTQIA+ do Rio
Bandeirão do arco-íris marca presença desde a primeira edição do evento (Aline Macedo/Divulgação)
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Era 25 de junho de 1995 quando a Marcha pela Cidadania passou pela orla de Copacabana marcando o encerramento da 17ª Conferência da ILGA (Associação Internacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Trans e Intersexo). O numero inferior a 3 mil participantes não diminui a importância história do que foi a primeira Parada do Orgulho LGBQTQIA+ do Brasil, inclusive por ser uma época em que muitas pessoas não podiam se assumir publicamente.

Já naquele ano a cidade viu a presença da grande bandeira do arco-íris, com 124 metros de comprimento por 10 de largura, uma das primeiras manifestações públicas em grande escala desse símbolo no Brasil; além da presença de trios elétricos como plataforma de expressão política e cultural.

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Parada do Orgulho LGBTQIA+ do Rio de 1995
Imagem de arquivo mostra a primeira edição da Parada do Orgulho LGBTQIA+ do Rio em 1995 (Acervo da ABIA/ICICT/Fiocruz/Divulgação)

Porém não é incomum ver determinados setores promovendo o apagamento do histórico movimento e catalogado como primeira a parada a realizada dois anos depois na Avenida Paulista. “Do ponto de vista institucional e político, não há qualquer disputa entre a organização da Parada do Rio e de São Paulo. O que existe são determinados setores que não reconhecem, de forma justa e política, a trajetória de resistências culturais e políticas que marcaram a construção do movimento LGBTI+”, afirma Cláudio Nascimento, Fundador e coordenador da Parada do Orgulho LGBTI+ Rio de Janeiro.

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Há que se ressaltar até mesmo que já em 1993 houve uma primeira tentativa de organização da marcha, mas que reuniu apenas 28 participantes e sem a estrutura similar ao evento que já tomava as ruas de cidades pelo mundo. Por isso Cláudio acredita que resgatar essa memória é fundamental para garantir o devido reconhecimento histórico da Parada do Rio como pioneira no país e como parte essencial da construção do movimento LGBTQIA+ brasileiro.

Para reafirmar o pioneirismo e, principalmente, destacar o movimento histórico das lutas da comunidade, este ano a Parada do Orgulho LGBTQIA+ do Rio celebrará os 30 anos de existência. Pra isso, ao longo desta semana está sendo realizada a Semana do Orgulho LGBTI+ do Rio com atividades culturais, educativas e de cidadania. E no dia 23 de novembro a marcha retornará à Avenida Atlântica com o tema 30 anos fazendo história: das primeiras lutas pelo direito de existir à construção de futuros sustentáveis.

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Convidado o público a participar da celebração, os organizadores pedirão, através de uma campanha interativa nas redes sociais, para que enviem suas fotos das paradas passadas, que serão utilizadas para a construção de grandes mosaicos celebrando a trajetória do movimento.

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