A história da primeira medalhista da Equipe de Refugiados na Paralimpíada
Zakia Khudadadi conquistou o bronze no Taekwondo em Paris, primeira medalha da Equipe de Refugiados na história dos Jogos Paralímpicos
Paris 2024 ficará para sempre marcada na história da Equipe de Refugiados. Assim como Cindy Winner Djankeu Ngamba (Boxe), que se tornou a primeira medalhista olímpica na história da equipe criada na Rio 2016, Zakia Khudadadi (Taekwondo) também conquistou o bronze e se tornou a primeira medalhista paralímpica de todos os tempos a participar da competição pela equipe que representa os mais de 117 milhões de refugiados que existem no mundo.
Apesar de ser a primeira vez defendendo esse time, esta não foi a estreia de Zakia em Paralimpíadas. Ela ficou conhecida pela grande operação internacional que a retirou do Afeganistão, que acabava de cair novamente nas mãos do Talibã dias antes do início dos Jogos em Tóquio. Na ocasião ela ainda defendeu a bandeira do seu país de nascimento.
Apesar de ter sido eliminada na estreia na capital japonesa, começava ali uma nova fase da sua vida. Khudadadi pediu asilo na França e na sua “nova casa” conquistou ontem (28/08) a sua primeira medalha paralímpica, na categoria até 47kg da classe K44.
“Eu não parei desde Tóquio. Trabalhei muito duro e é uma honra representar a Equipe de Refugiados em Paris”, comentou a atleta após a conquista da medalha. “Tenho força por tudo, pelo esporte, pelas mulheres do Afeganistão, pelos refugiados”, completou.
Como Zakia participa do evento pela Equipe de Refugiados, o Afeganistão tem oficialmente apenas um representante nos Jogos Paralímpicos deste ano. Curiosamente Ebrahim Danishi é também do Taekwondo e fez sua estreia no mesmo dia (28/08). Ele foi derrotado nas oitavas-de-final por Xian Xao (Taipei).