Pocah abre jogo e fala o que acha dos fãs LGBT
Artista que lança EP nesta sexta (15/09) conversou com exclusividade com a coluna
“Para saber onde quer chegar é preciso lembrar de onde veio”. Com essa frase na cabeça Pocah retoma suas origens no EP “A Braba é Ela”, que lança nesta sexta (15/09), e entrega 5 músicas que resgatam o início de sua carreira e homenageiam o funk carioca.
Após 12 anos de carreira Pocah sente que evoluiu muito, teve muitos aprendizados, mas faz questão de lembrar que suas raízes sempre estiveram presentes. “Me inspirei na MC Pocahontas, cheia de sonhos”, ressalta. A entrega é um novo trabalho com forte apelo para o funk e toda sua vivência em Caxias e temas que sempre foram destaque nas suas músicas, como empoderamento, bailes de favela e a sensualidade feminina.
Justamente os assuntos que acredita aproximaram seu trabalho do público LGBTQIA+. “Não foi feito nenhum projeto pensado diretamente nesse público, mas acho que por falar desses temas acabou gerando essa aproximação de forma orgânica”, comentou.
A identificação faz parte de uma artista que aos 16 anos se relacionava com mulheres e chegou a acreditar ser lésbica, até que entendeu sua bissexualidade. Por isso, seu ciclo de amizade sempre teve pessoas LGBTQIA+. A relação da artista com a comunidade se deu de forma rápida. “Foi o primeiro público que me fez sentir abraçada. Sou muito grata a isso e nossa relação só se fortalece”, explica Pocah.
Música de trabalho explodiu no The Town
O lançamento oficial é na próxima sexta, mas a música de trabalho do novo EP de Pocah já foi apresentada ao público do The Town. Em seu show no Coke Studio, a artista aproveitou para cantar pela primeira vez “Assanhadinha” e o sucesso foi imediato.
“É a minha música favorita por resgatar a minha história de quando pulava o muro de casa para ir ao baile funk. Tem uma memória afetiva, de algo que realmente aconteceu. Por isso mesmo foi muito bom ver todo mundo respondendo rápido, cantando o refrão”, relembra Pocah.
A faixa ganhará no lançamento um clipe que foi gravado em Caxias, onde acontecia o Baile da RQ. Foi ali que Pocah se apaixonou pelo funk e conheceu os bailes de comunidade.