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Otavio Furtado

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Documentário sobre inseminação caseira terá exibição na UERJ

"E se (não) for Inseminação Caseira" será apresentado hoje (20/05), às 19h

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20 Maio 2024, 09h35
Documentário sobre inseminação caseira
 (Daniel Reche/Pexels)
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Resultado de uma pesquisa extensa sobre o tema, como parte de uma tese de doutorado, o documentário “E se (não) for Inseminação Caseira” será exibido hoje (20/05), às 19h, em sessão aberta na sala 10.030 do Bloco D da UERJ (Rua São Francisco Xavier, 524 – Maracanã).

“Os processos de reprodução assistida são muito caros e o acesso pelo sistema de saúde público é reduzido. Com isso a gente acredita que o direito a parentalidade é algo que nem todo mundo tem acesso. A inseminação caseira, apesar de mais democrática, ainda é pouco conhecida e estigmatizada por uma série de razões”, explica Anna Paula Uziel, uma das pesquisadoras do projeto, sobre o interesse em falar do tema.

A obra mostra uma investigação profunda sobre a inseminação caseira trazendo aspectos da prática sob a ótica de mães lésbicas, um doador de sêmen, profissionais do Direito, uma médica especializada e representantes de orgãos reguladores brasileiros, como Anvisa e Conselho Federal de Medicina. Dessa forma o documentário levanta todos os aspectos que envolvem a prática e amplia o debate sobre legislação, questões médicas e até o aspecto social.

Exemplificando algumas das questões que o projeto quer trazer destaque para debate, Uziel destaca um marcador de gênero importante: “A maior parte das pessoas que buscam essa técnica são casais de mulheres. Quando é feita inseminação artificial assistida basta um documento da clínica para o registro das crianças. Já na caseira, apesar da existência de mecanismos que garante a isonomia nos direitos, é preciso entrar na justiça”.

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Ao levar o público ao tema através de perspectivas pessoais de pessoas que escolheram a inseminação caseira, o documentário entrelaça as histórias reais com o debate a cerca da prática e destaca os conflitos como a seleção do método, escolha do doador, motivações, experiências, desafios e riscos associados.

“Uma das entrevistadas teve um problema de saúde após o parto e se ela tivesse morrido a criança ficaria completamente desemparada, mesmo tendo outra mãe. O que mostra a importância da regulação dessa prática em nome da proteção da criança”, completa a pesquisadora.

Depois da exibição de hoje o filme seguirá caminho de inscrição em festivais de cinema até que posteriormente será disponibilizado no youtube.

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