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Por Otavio Furtado, jornalista e consultor de diversidade & inclusão
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Escolas do Rio não incentivam abordar diversidade sexual na sala de aula

Pesquisa inédita aponta percepção dos profissionais de educação do Rio sobre debate de diversidade sexual e de gênero

Por otavio_furtado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
12 jul 2023, 07h59

Pesquisa desenvolvida pela Associação Nova Escola, organização que tem como missão fortalecer educadores da Rede Pública Brasileira, em parceria com a TODXS, ONG de empoderamento da comunidade LGBTI+, apontou que para os professores as escolas no Rio não incentivam abordar diversidade sexual na sala de aula.

Quando perguntado aos profissionais de educação se a escola incentiva a discussão desse tema, a maioria (63,4%) afirmaram que não, embora 73,2% acreditem na importância da pauta. Sete entre cada dez respondentes declararam ainda que as escolas não usam materiais pedagógicos que abordem o assunto. Por conta disso, quase a metade (47,1%) não se sentem à vontade para propor debate ou atividades relacionadas.

O medo da interferência das famílias dos alunos foi apontado por 52,1% dos profissionais, o que explica o desestímulo a abordagem do tema. Mesmo assim, a maioria (51,2%) acredita que os alunos se interessam por diversidade sexual e de gênero.

Por isso Ana Ligia Scachetti, pedagoga e CEO da Nova Escola, destaca que trazer a pauta para o ambiente escolar é fundamental: “é necessário trabalhar esses temas para que a escola seja o lugar em que meninos e meninas aprendem a conviver com as diferenças e a deixar de lado preconceitos e estereótipos que encontram nas demais esferas sociais”.

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A percepção sobre LGBTfobia muda drasticamente quando analisado o recorte com as respostas de profissionais que se autodeclararam parte da comunidade. Enquanto 64,6% do geral dos respondentes afirmam não ter presenciado atos de preconceito no ambiente escolar contra alunos queer, 61,5% dos profissionais LGBTQIA+ destacam que já presenciaram. Outros alunos foram apontados como os principais agressores na pesquisa.

Da mesma forma, 64,3% de todos que responderam afirmam nunca ter presenciado preconceito com um colega de trabalho, mas 60,9% dos LGBTs afirmam já presenciaram. A violência verbal foi a mais apontada contra os profissionais da educação que são parte da comunidade.

Se na média geral 38,1% acreditam que há acolhimento em caso de bullying, quando observado o recorte de respostas apenas de profissionais que se autodeclararam LGBTQIA+, 56,4% acreditam que não há.

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