Qual o conselho de Tom Daley para atletas gays
Ex-atleta é uma das vozes mais expoentes no esporte sobre os direitos LGBTQIA+
Pode parecer estranho falar em Tom Daley como ex-atleta, mas o saltador britânico anunciou a aposentadoria depois de conquistar medalha em Paris 2024. Mesmo fora das piscinas (que parece ser o caso definitivo desta vez), sua voz continua importante na luta dos direitos LGBTQIA+ e ele continua usando sua projeção para falar sobre o tema.
Daley protagonizou uma das cenas mais importantes para a comunidade queer em uma competição esportiva ano passado. E não estou falando da presença do seu marido e filhos na arquibancada das provas de Saltos Ornamentais na Olimpíada da capital francesa. Meses antes ele enfrentou o sistema e fez um gesto corajoso em um dos países que ainda criminaliza pessoas LGBTQIA+.
Durante o Campeonato Mundial realizado em Doha, no Catar, usou uma toalha com as cores do arco-íris (símbolo da comunidade) para se secar depois das provas. Daley usou uma imagem para levantar o questionamento de países que não respeitam direitos humanos receberem competições esportivas importantes. A imagem correu o mundo e ele nem preciso falar (algo que poderia, inclusive, lhe causar problemas com a justiça do país). a respeito para dar o recado).
O ex-atleta agora assume outra “briga” a favor da comunidade. Estreando uma exposição no Japão sobre seu trabalho com crochê, parte da renda será revertida para uma campanha a favor do casamento igualitário no único país do G7 que ainda não oferece esse direito a seus cidadãos.
Em entrevista para o jornal The Guardian, para falar sobre a exposição e a parte ativista da mesma, Daley deixou ainda um recado para atletas gay do mundo inteiro. Embora saiba do seu privilégio em ser um dos mais conhecidos do mundo, afirmou que é preciso se posicionar, mesmo em países onde é crime ser LGBTQIA+.
O britânico deu a dica de como esses atletas devem agir: “O mais poderoso é poder ir a um país que está hospedando um evento esportivo e apenas ser você mesmo. É preciso que pessoas LGBTQIA+ sejam visíveis em países onde as leis são contra elas”.
Segundo ele esta é uma forma de mandar uma mensagem de esperança, em especial para as pessoas da comunidade que vivem nesses países. “Isso é uma forma de ativismo que todos podem fazer”, finalizou.