Carlinhos Maia usa fake news para justificar ausência na Parada LGBTQIA+
Apresentadora do programa, drag queen Samira Close não corrigiu a informação
O influenciador Carlinhos Maia foi o convidado do programa de entrevistas “SuperPoc”, comandado por Samira Close na DiaTV, e entre diferentes assuntos explicou porque não frequenta a Parada do Orgulho LGBTQIA+.
Falando sobre a ausência no principal evento da comunidade, Carlinhos disse que não se sente à vontade para frequentar e ainda citou que não iria para receber vaias, fazendo alusão ao fato de se considerar rejeitado pelo público LGBTQIA+. “A Parada Gay, eu gostaria de estar. Mas, sei lá, levar uma vaia? Se eu nunca levei na vida, vou lá pra levar uma vaia porque algumas pessoas só viram o que quiseram ver e me resumiram àquilo. Então não vou”, comentou.
O problema é que ao tentar justificar sua ausência reverberou uma fake news constantemente usada pela extrema-direita para atacar o evento: “Tem coisas que eu não concordo na Parada Gay. Essa parada da questão religiosa. De pegar um crucifixo e colocar no ânus. Eu não acho isso legal e nunca vou achar”.
A drag queen que apresenta o programa não fez nenhuma correção sobre a informação errada. O fato nunca aconteceu em uma Parada do Orgulho LGBTQIA+ e sim foi feita durante a Marcha da Vadias, em 2013 no Rio de Janeiro. Protesto que não tem qualquer ligação com os organizadores das marchas que celebram a comunidade queer.
Em uma postagem no X (antigo twitter), Carlos Tufveson, Coordenador da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio, chamou a fala do influenciador de absurda e pediu uma retratação. Momentos depois Tufveson repostou o esclarecimento feito por Carlinhos Maia no stories em sua conta no instagram e comentou: “Toda crítica pode ser construtiva, mas precisa se informar para não passar uma informação errada e tão grave!”.
Carlinhos repostou um comentário no X que explicava que o ato não havia acontecido em uma Parada do Orgulho LGBTQIA+ e escreveu sobre. “Por essa fala peço desculpas, apenas por essa fala. E fica aí para todos a verdade sobre o que realmente aconteceu”.