A importância da acessibilidade na eleição de domingo
Pranchas de Comunicação Alternativa serão disponibilizadas em sessões eleitorais no Rio
O número de candidatos com deficiência cresceu 25% em todo Brasil quando comparado a eleição de 2020. Atualmente mais de 1,45 milhão de pessoas com deficiências terão a oportunidade de exercer seu direito ao voto, que comprova a inclusão no processo democrático mas lança luz sobre os desafios para aprimorar a acessibilidade na eleição de domingo.
O Tribunal Superior Eleitoral adotou medidas importantes como a capacitação de mesários, direito à assistência de uma pessoa de confiança e a nomeação de coordenadores de acessibilidade em cada local de votação. Já a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência – SMPD Rio – em parceria com o TRE-RJ vai disponibilizar pranchas de Comunicação Alternativa em 10 Zonas Eleitorais e 3.148 Sessões Eleitorais, distribuídas em mais de 50 bairros da cidade do Rio de Janeiro. As pranchas com figuras (pictogramas) fixadas na entrada de cada Sessão Eleitoral terá ainda um QR Code com audiodescrição e Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.
Para Beto Pereira, Assessor de Acessibilidade e Inclusão da Laramara – Associação Brasileira de
Assistência à Pessoa com Deficiência Visual, a chegada das urnas eletrônicas, em 1996, trouxe mais autonomia com marcações táteis e braile nas teclas. Ele lembra ainda que em 2020 o sistema foi melhorado com a implementação do sistema de áudio.
“Até a adoção das urnas eletrônicas pessoas cegas ou com baixa visão votam nas cédulas de papel muitas vezes recorrendo a guias táteis, dependendo de terceiros para assegurar que o voto fosse registrado”, explica Beto.
Ele destaca que, apesar dos avanços, é preciso ainda investir na capacitação das equipes eleitorais e na infraestrutura dos locais de votação para garantir acessibilidade plena no processo eleitoral brasileiro. “Precisamos garantir que cada eleitor participa plenamente do processo democrático, sem enfrentar barreiras ou limitações”, finaliza.