Os sassariquinhos
Em cartaz no Teatro das Artes até 15 de dezembro, Sassariquinho é uma versão enxuta, e adorável, de seu antecessor, Sassaricando, de 2007. O tempo de sessão diminuiu, para não cansar a criançada, mas o espírito é o mesmo: um desfile de inspiradas marchinhas (mais de 40!), entoadas com alegria por Pedro Miranda, Juliana Diniz, […]

Em cartaz no Teatro das Artes até 15 de dezembro, Sassariquinho é uma versão enxuta, e adorável, de seu antecessor, Sassaricando, de 2007. O tempo de sessão diminuiu, para não cansar a criançada, mas o espírito é o mesmo: um desfile de inspiradas marchinhas (mais de 40!), entoadas com alegria por Pedro Miranda, Juliana Diniz, Beatriz Faria e Pedro Paulo Malta.
Juntam-se ao time carnavalesco as crianças Sofia Viamonte e Caio Mendonça. Apesar da pouca idade, ela com 12 e ele com 10, a dupla já tem grandes trabalhos no currículo, que vão de propagandas na TV até novelas de destaque. O talento dos pequenos pode ser conferido aos sábados e domingos, às 17h, no Shopping da Gávea, e no papo que levamos durante essa semana, registrado aí embaixo ; )
– Quando começaram a atuar e por que escolheram essa profissão?
Sofia: Comecei a atuar com 5 anos. Desde bem pequena já adorava cantar e participava com minhas irmãs de coral.
Caio: Comecei a atuar em 2011, e escolhi essa atividade porque sempre gostei de participar das peças da escola, desde que eu tinha 3 anos. A partir daí, comecei a me interessar e a participar de tudo o que podia, na escola mesmo. Foi quando surgiu a oportunidade de eu participar da novela Aquele Beijo, da Globo. Eu tinha 8 anos.
– Quais trabalhos já desenvolveram? E o mais marcante?
Sofia: Já participei da Noviça Rebelde, Um Violinista no Telhado, Greygardens, A Garota do Adeus, além dos programas Gloob e Louco por Elas, da Globo. Todos foram muito importantes para meu desenvolvimento, chega a ser difícil escolher um.
Caio: Fiz alguns trabalhos bem legais, entre novelas, propagandas e peças teatrais, mas o mais marcante está sendo a novela Sangue Bom, da Rede Globo. O elenco é bem simpático, além disso, tive a oportunidade de mostrar melhor meu trabalho e fazer grandes amizades.
– Como foi o preparo para a peça?
Sofia: Foi um pouco mais de um mês de ensaio. O Cláudio passava as músicas e o Renato fazia as coreografias. Eram mais ou menos cinco horas à tarde e era muito divertido.
Caio: Foi um mês inteiro de muito trabalho e dedicação. Os ensaios eram de segunda a sexta-feira, na parte da tarde. Tínhamos aulas de canto com o professor Marcelo Rodolfo todas as terças, durante uma hora. E nos outros horários tinha o ensaio da peça, com o co-diretor Renato Vieira. Era puxado, mas a gente se divertia tanto que nem sentia o tempo passar.
– Como conciliaram a vida do teatro com a escolar?
Sofia: Às vezes ficava apertado, mas quando chegava da escola ia para o ensaio e quando voltava, estudava. Tive que dar um tempo em outras atividades.
Caio: Os ensaios eram sempre à tarde, e eu estudo de manhã. Então não interferia em nada, eu fazia o dever de casa quando chegava dos ensaios. O mesmo acontecia quando eu tinha que estudar para a prova.
– Já conheciam as pessoas do elenco? Como foi a integração?
Sofia: Não conhecia, mas foi ótimo. Eles, supercarinhosos, me ajudaram com as músicas e conhecimento.
Caio: Ainda não, mas a integração foi rápida, pois o elenco é muito simpático. Eles me receberam com muito carinho e a produção também tinha muito cuidado e atenção por eu ser criança.
– Foi o primeiro trabalho no teatro?
Sofia: Não, esse foi o quinto.
Caio: Não, foi o terceiro. Eu já tinha sido o Zangado, na peça Branca de Neve e os Sete Anões, e um dos meninos perdidos na peça Pinóquio. As duas em Niterói, onde moro, pelo Grupo Papel Crepon. Mas mesmo não sendo o primeiro, Sassariquinho foi um grande desafio, eu fiquei orgulhoso de mim mesmo, por ser uma grande produção e direção. E fazer peça num dos teatros do Shopping da Gávea era o meu sonho!
– Tiveram alguma dificuldade durante as apresentações?
Sofia: Tem um momento que eu pulo no pescoço do Pedrinho- nessa hora tem que ficar muito atenta. Mas por ser uma peça alegre, leve e rápida, me ajudou bastante.
Caio: Senti um pouco de dificuldade para dançar, no início, porque sou um pouco tímido. Mas como já conhecia o refrão de algumas músicas, e assisti o DVD do Sassaricando várias vezes, achei fácil aprender as músicas, que são muito engraçadas.
– Qual canção do espetáculo que mais curtem?
Sofia: Todas as músicas são alegres, mas Jardineira (Benedito Lacerda e Humberto Porto) eu adoro, porque eu canto e ela me emociona.
Caio: Eu gosto de várias, são muitas músicas, mas uma das minhas preferidas é A,E,I,O,U (Noel Rosa e Lamartine Babo), porque a letra é engraçada e a dança é super divertida.
– Com quem gostariam de contracenar?
Sofia: Tem muitas pessoas que admiro, mas queria um dia poder dividir as gravações com a Fernanda Montenegro.
Caio: Com a Klara Castanho, porque eu acompanho o trabalho dela desde que ela começou.
– Já estão com outros trabalhos em vista?
Sofia: Sim, mas ainda é um projeto.
Caio: No momento estou curtindo as últimas gravações de Sangue Bom e o Sassariquinho, que vai até Dezembro.
– Podem citar três pessoas inspiradoras?
Sofia: É difícil falar só três, mas a Sueli Franco, a Soraya Ravenle e a Marya Bravo me ensinaram muito, além de serem ótimas atrizes e cantoras.
Caio: Eduardo Dusek, por ser um ótimo cantor, Antônio Fagundes, por ser um ator muito famoso e fazer sempre o galã, e Pedro Henrique Lopes, por ser meu irmão, me ajudar sempre que preciso e ser minha maior inspiração para seguir essa carreira.
– Onde se veem no futuro?
Sofia: Quero seguir a carreira de atriz e cantora. Me vejo sempre no palco, pois é onde eu me sinto muito feliz.
Caio: Me vejo como um famoso ator da Globo e cantor em grandes musicais.