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Folclore com toque de realidade

Com estreia programada para amanhã (2), O Boi da Cara Preta vai levar para o palco do Imperator, no Méier, personagens e contos folclóricos, com um quê de vida real. A peça inaugura a entrada da escritora Barbara Duvivier no universo infantil e aborda temas como tecnologia e ludicidade na infância. Barbara é a atual […]

Por laisbotelho
Atualizado em 25 fev 2017, 18h53 - Publicado em 1 nov 2013, 20h11
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Com estreia programada para amanhã (2), O Boi da Cara Preta vai levar para o palco do Imperator, no Méier, personagens e contos folclóricos, com um quê de vida real. A peça inaugura a entrada da escritora Barbara Duvivier no universo infantil e aborda temas como tecnologia e ludicidade na infância.

Barbara é a atual roteirista do programa de TV Esquenta! e irmã do humorista Gregório Duvivier. Se formou em Letras, em Paris, já traduziu diversas peças do inglês e francês para o português, além de ter trabalhado como assistente de direção em várias delas. Abaixo, você confere um pouquinho da expectativa da carioca e como foi a preparação para a estreia.

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– Como foi se lançar nesse novo universo?

Sempre quis escrever para crianças. Foi incrivelmente divertido, a imaginação infantil é extremamente liberadora para a criação, permite explorar universos mágicos e recursos ilimitados. No entanto, também foi um pouco assustador, pois sei que o público infantil é o mais sincero que há – com ele não tem meias palavras nem eufemismos –, se não gostarem da peça são capazes de gritar no meio: “me tirem daqui!”. Espero que isso não aconteça!

 

– O que procurou incluir no texto? 

Ultimamente, o que mais tem me preocupado é o quanto a tecnologia influencia a infância. Estamos cada vez mais distantes da natureza e do mundo palpável, a virtualidade invadiu até mesmo o berço dos bebês, que já nascem cercados de Ipods, Ipads e tablets. Por isso, procurei explorar a descoberta da natureza por uma menina urbana para mostrar o quanto é importante mantermos o pé no chão e o contato com o mundo que nos cerca. Além disso, a peça aborda a formação do preconceito na infância e a importância de não julgar pessoas – nem mesmo bois – pela aparência.

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– Qual a diferença entre escrever para TV e escrever para o teatro?

A escrita para a televisão é sempre mais coletiva e mais dinâmica, tudo passa por muita gente, deve ser aprovado, alterado, tudo em pouquíssimo tempo. No teatro, o processo é mais solitário no início, mas a propriedade sobre o texto é maior, é possível pensar mais a fundo a dramaturgia, e ainda seguir o processo de ensaio para adequar o texto aos atores que o interpretarão.

 

 – Por que escolheu o folclore como tema?

Assim como estamos nos distanciando da natureza, também nos distanciamos do nosso país e de nossa cultura. O boi é uma figura de extrema importância no imaginário popular do país e resgatar essa imagem é importante para uma geração que está perdendo o contato com o folclore.

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– O que essa cultura pode agregar ao aprendizado dos pequenos?

Resgatar o folclore contribui para a formação de uma identidade cultural e ajuda a despertar o interesse nas canções brasileiras e nas antigas brincadeiras de criança. É uma forma de valorizar a nossa cultura, mas também de fugir da cultura infantil de massa tão padronizada nos dias de hoje.

 

– A história aborda o encontro entre a tecnologia e a natureza. Acredita que ambos podem caminhar juntos? 

Não acho que a tecnologia seja totalmente nociva ao desenvolvimento da infância. Ao contrário, acho que cria estímulos novos que ajudam a desenvolver a curiosidade, a coordenação e a inteligência. O problema começa quando essas crianças conectadas o tempo todo no mundo virtual se tornam desconectadas de tudo que as envolve e perdem contato com o “aqui e agora”. Acho que a tecnologia deve complementar uma educação que valorize o momento presente e o conhecimento da nossa cultura.

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– Pode citar um ponto alto da apresentação?

Um dos momentos altos da peça é quando o Boi da Cara Preta e a menina Rosa se tornam amigos. E tem outro no final quando o Boi… Esse não pode contar. Tem que assistir. E as músicas estão todas na cabeça dos adultos e crianças.

 

– Pretende lançar mais trabalhos para esse público?

Com certeza.

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