As piscinas da Ponta da Lagoinha
Entre as praias da Ferradura e da Foca, em Búzios, localiza-se o parque da Ponta da Lagoinha, um pedaço de litoral de interesse geológico que atrai também os turistas. Por causa da beleza das piscinas que se formam quando as águas baixam e das formações rochosas de mais de 500 milhões de anos, o parque […]
Entre as praias da Ferradura e da Foca, em Búzios, localiza-se o parque da Ponta da Lagoinha, um pedaço de litoral de interesse geológico que atrai também os turistas.
Por causa da beleza das piscinas que se formam quando as águas baixam e das formações rochosas de mais de 500 milhões de anos, o parque foi tombado pelo governo do estado do Rio, em 2003.
Seguindo pela via que margeia a praia da Ferradura se chega à entrada da trilha do parque.
O visual é exuberante à luz normalmente generosa do lugar.
A piscina se abre para a entrada da enseada da Foca. As águas calmas das piscinas contrastam com a agitação do mar.
Turistas aproveitam para tirar fotos e escalar as pedras que permitem uma bela vista do ocean
Uma placa rústica informa tudo sobre o que o turista vai ver no lugar. O acesso é livre, mas é proibido fazer piquenique no local ou deixar qualquer tipo de lixo.
Nos pontos mais elevados do parque, há fendas pelas quais respingam as águas do mar no choque com as rochas. São rochas ricas em ferro, magnésio, cálcio e outros minerais sólidos. São compostas ainda, entre outros minerais, de granada, cianita e quartzo.
As rochas se apresentam em camadas paralelas numa inclinação de 20 graus, resultado de grande pressão sofrida a certa altura da história geológica do planeta. As formações são características das que existem no Himalaia. O fato científico conferiu ao local o apelido de Himalaia Brasileiro, que ao leigo soa um tanto quanto sem sentido.
As características morfológicas de milhões de anos sofrem modificação sob a ação das ondas e das marés que esculpem o granito.
À vegetação típica de litoral se somam espécies exclusivas da região, como o cacto de cabeça branca.
Meio quilômetro de trilha de trânsito fácil permite que os turistas desfrutem da beleza natural do parque, independentemente de sua importância científica.
(Fotos: Julio Cesar Cardoso de Barros)