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Por Manu Müller, designer de interiores
Novidades e tendências de decoração
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Toda casa tem uma história para contar

Um tête-à-tête com a maravilhosa Narcisa Tamborindeguy, que conta um pouco sobre como encara o conceito “lar”

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Atualizado em 17 mar 2023, 14h55 - Publicado em 17 mar 2023, 14h41

O lar é o lugar mais importante do mundo, ele é o berço do nosso caráter, da nossa personalidade e dos nossos hábitos. Como ressalta o arquiteto Witold Rybczynski, a palavra “lar” reúne os significados de casa e família, de moradia e abrigo, de propriedade e afeição.

A decoração faz parte dessa apropriação espacial.

O lar precisa ter funcionalidade, beleza, alegria e história. Nos últimos anos, a decoração tem se tornado uma prática cada vez mais voltada para a verdadeira expressão da personalidade pessoal de uma maneira menos rígida e mais orgânica.

Ela tem aberto portas para a ressignificação de objetos de outras gerações, com destaque para experiências, coleções e achados de viagens. Não existe certo ou errado na hora de expor suas lembranças, o que vale é ser autêntico e despertar o que te torna único.

Vale misturar fragmentos de modo eclético ou destacar objetos que amamos em um cantinho especial, de modo a tornar a nossa casa única, uma extensão de nós mesmos.

Não há dúvida, um lar deve ter histórias para contar. Engraçadas então, melhor ainda.

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Daí, nossa convidada de hoje é Narcisa Tamborindeguy, socialite, destaque da mídia, moradora do Chopin e, como ela mesmo se define, uma carioca de Copacabana.

 

Manu: Lar é aconchego…. Considera sua casa aconchegante?

Narcisa: Sim, moro há muito tempo no mesmo prédio, cercada do carinho da minha família e dos objetos que adquiri ao longo dos anos, tendo como companhia o Hotel Copacabana Palace, que faz 100 anos e considero o melhor hotel do mundo. E a vista maravilhosa da Praia de Copacabana.

Manu: Você é pura alegria! O que é para você ter uma casa alegre?

Narcisa: Uma casa alegre deve ter luz, ar, flores, crianças e deve estar sempre aberta para amigos e para a minha amada família e o meu querido Bento.

Manu: Qual é o seu cantinho favorito dentro de casa?

Narcisa: Gosto do meu quarto, onde ficam o meu armário, meu computador, minha cama, televisão. De lá posso olhar a piscina do Copacabana Palace, que considero a melhor do mundo. Amo ver a Princesinha do Mar, sorrindo para os passantes, turistas e banhistas.

Manu: Qual é a sua relação com a sua casa?

Narcisa: A relação com a minha casa tem muito a ver com a minha família, que sempre morou aqui, em Copacabana. Meu pai morreu cedo e minha mãe, minha irmã e eu permanecemos no mesmo prédio em apartamentos diferentes. É um sentimento visceral.

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Manu: Sua decoração (casa) conta uma história? Se sim qual?

Narcisa: A decoração da minha casa conta a estória de quem eu sou. Muita cor e luz, muito espelho, quadros alegres, o mar e o céu entrando na sala. Muitas fotos espalhadas, e lindas orquídeas e lírios da Mybloom, sempre presentes, deixando a casa linda e perfumada.

Manu: Qual o tom da sua decoração?

Narcisa: Branco e laranja e almofadas com olho turco para espantar o mal olhado e trazer felicidade. Muito espelho para ampliar o espaço e a vista. No quarto gosto do branco, pois esta cor me dá paz.

Manu: A sua decoração se conecta com você? Ela imprime sua personalidade?

Narcisa: Sim, sou uma pessoa alegre, extrovertida, que gosta de receber a família e os amigos. As cores claras, quadros coloridos e os espelhos onde me vejo em diferentes ângulos – afinal me chamo Narcisa – e reflete também a praia de Copacabana, a mais linda do mundo.

Manu: Seu apartamento tem vista para o hotel Copacabana Palace. Tem uma história engraçada para contar?

Narcisa: O Copa já me salvou em muitas ocasiões. Nado quando estou estressada ou cansada, faço ginástica, frequento festas e eventos e onde, quando minha casa está bagunçada, recebo amigos para almoço. Tenho também binóculo e megafone para dar um alô aos amigos como o Jô Soares. “Jô, eu te amo! Pode levantar que já vi que é você ”. Não escapou. Nem o Sting, nem o Bono do U2.

 

Como designer de interiores, me alinho com os que acham que decorar é, com a mediação de objetos, conferir sentidos a um lugar, tornando-o mais significativo que um simples abrigo. É tornar público o modo privado de ser de cada indivíduo, é apropriar-se do espaço, submetendo-o aos desígnios de quem o habita, de forma que o reflita tal qual um espelho a sua imagem e semelhança.

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Parte da história da vida das pessoas está escrita na decoração do seu lar. A escolha de estilos, cores, composições e peças oferece pistas sobre os traços da personalidade dos moradores de uma casa.

E quem sabe, então, como escreveu o grande poeta Chico Buarque, na letra de sua música “Futuros Amantes”

“O Rio será Alguma cidade submersa

Os escafandristas virão

Explorar sua casa

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Seu quarto, suas coisas

Sua alma, desvãos

Sábios em vão

Tentarão decifrar

O eco de antigas palavras”

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