Silvia Pfeifer: “Tenho síndrome do pânico/ansiedade. Me trato há anos”
Atriz voltou à TV Globo depois de 10 anos, em participação especial em “Dona de Mim”, novela das sete

Gaúcha de Porto Alegre, carioca honorária, Silvia Pfeifer voltou à TV Globo depois de 10 anos, em participação especial em “Dona de Mim”, novela das sete, como Rebeca, que reencontra um amor do passado, Abel (Tony Ramos). “O Tony é um amor, um ator brilhante, um ser humano lindo! E a Cláudia (Abreu), eu a conheço há muitos anos, mas nunca tive a oportunidade de contracenar. Sou sua superfã e a acho um talento!”, diz ela.
Com mais de 35 anos de carreira, Silvia foi protagonista em ”Perigosas Peruas” (1992) e esteve em grandes clássicos, como ”O Rei do Gado” (1996) e “Torre de Babel” (1998). A última passagem pela emissora foi em “Totalmente Demais” (2015). Em 2017, foi fundamental na novela portuguesa “Ouro Verde”, disponível na Globoplay, que ganhou o Emmy Internacional na categoria Melhor Novela.
Já sonhou em ser bailarina, jogadora de vôlei e advogada, mas começou como modelo aos 19 anos — desfilou para Giorgio Armani, Christian Dior e Chanel, numa geração em que todas elas eram consideradas celebridades. Ficou 13 anos fazendo isso até partir para TV, cinema e teatro, sempre favorecida pelas forças naturais, digamos assim, em 1,81m e atenta às boas emoções.
UMA LOUCURA: Alguém me pedir em namoro e eu aceitar já no primeiro encontro. Loucura boa.
UMA ROUBADA: Fazer viagem romântica quando a relação está ruim. A gente se vestir lindamente para um evento e, na hora de dançar, sacolejar, a roupa não permitir ou o sapato esfolar o pé, e você acabar ficando só de “bonita”, e não se divertir de verdade.
UMA IDEIA FIXA: Medo de ideias fixas.
UM PORRE: Um porre é quem quer seduzir todo mundo o tempo todo.
UMA FRUSTRAÇÃO: Não ter seguido o toque de Scarlet Moon (atriz e escritora, 1950-2013) sobre a minha vontade de conhecer o documentarista Jacques Cousteau: “Por que você não vai em busca do teu sonho?!”, perguntou ela. Ouvir isso foi uma chacoalhada.
UM APAGÃO: Uma vez, perguntei a uma amiga sobre o filho que ela tinha perdido, e eu tinha esquecido. Péssimo apagão.
UMA SÍNDROME: Tenho verdadeiramente síndrome do pânico/ansiedade, mas me trato há anos. É raro acontecer hoje.
UM MEDO: Não estar disponível quando os filhos (e parentes queridos) precisarem.
UM DEFEITO: Sou apressadinha demais para resolver coisas que talvez não dependam de mim.
UM DESPRAZER: Ter que lidar com a constante não civilidade das pessoas, como deixar cair coisas no supermercado e não pegar; o trânsito chega a ser exaustivo, porque as pessoas dirigem achando que a rua é delas; o não comprometimento com horários, o que é uma enorme falta de respeito, e assim vai.
UM INSUCESSO: Não chega ser um insucesso, mas minha desistência em conseguir manter faculdade e trabalho ao mesmo tempo.
UM IMPULSO: Vários. Sem falso altruísmo, quero acabar com o sofrimento do outro pra ontem. Prepotência!
UMA PARANOIA: Chegar atrasada ou não visualizar meu dia e horário de gravação e não aparecer no estúdio na hora esperada. Aconteceu uma vez, quase morri.