Rio Antigo, por Rafael Bokor
Casa que foi da pintora Djanira, em Paraty, sofre com abandono há anos
Casa em Paraty, de frente para a praia do Curumbê, onde viveu, na década de 1960, a pintora Djanira (1914-1979) e seu marido, José Shaw da Motta e Silva, sofre com o desgaste do tempo. O imóvel, com varanda, sala, três quartos, cozinha com fogão a lenha e um banheiro, serviu de ateliê e moradia para a artista até 1967.
Com temática predominantemente brasileira, Djanira reproduziu a paisagem nacional em sua obra, no estilo chamado “arte primitiva”, com linhas e cores bem vivas. Seus trabalhos apresentam uma diversidade de cenas, como as festas folclóricas e as temáticas religiosas. O quadro “Festa do Divino em Paraty” é um exemplo dessa diversidade.
A casa está fechada e sofrendo com a ação do tempo, há muitos anos. As plantas do entorno invadiram o seu interior; hoje se pode ver um pouco do que foi um dos lugares prediletos de uma das maiores artistas plásticas do Brasil. A Prefeitura de Paraty demonstrou interesse em transformar o local num centro cultural à beira-mar, mas, até agora, final de 2024, nada foi feito.