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Lu Lacerda

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Jornalista apaixonada pelo Rio

Psicanalista comenta sobre Copa ficar no “breu” pouco antes na virada

“Quem tem o hábito de olhar pra dentro faz isso o ano inteiro, não necessariamente na virada do ano ou ao 'apagar das luzes'"

Por lu.lacerda
Atualizado em 23 dez 2024, 14h12 - Publicado em 20 dez 2024, 16h00
A imagem mostra a queima de fogos no Rio, com o Cristo Redentor em primeiro plano
Ano novo é tempo de reflexão? (Fernando Maia/Riotur)
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No baralhão de Copacabana, momentos antes da virada de ano com, no mínimo, 2 milhões de pessoas amontoadas, toda a iluminação do palco principal vai ser desligada, segundo a produção, para criar uma atmosfera única, enquanto o público ouve e alguns veem um manifesto no telão do Palco Rio, em frente ao Copacabana Palace, com 1.200 m², mostrando conteúdos imersivos para estimular diversos sentidos da plateia, que, àquela altura, deve estar no auge da excitação. “Todos vão ficar alguns segundos no breu para fazer uma reflexão; afinal, é o futuro chegando”, disse Abel Gomes, vice-presidente de criação da SRCOM, há 17 anos à frente da festa carioca. A prefeitura deve estar confiando na segurança, certo?

“Quem tem o hábito de olhar pra dentro faz isso o ano inteiro, não necessariamente na virada do ano ou ao ‘apagar das luzes’. Independentemente disso, acho linda essa tentativa de nos silenciar, um pouquinho que seja, por instantes que seja, dentro desse momento na virada do ano, dentro desse rito de passagem”, disse a psicanalista Cynthia Bezerra à coluna.

Sobre virar o ano sempre no coletivo: “Desde sempre, a virada nada mais é do que um rito de passagem como tantos outros, e todos os ritos têm sua importância porque sinalizam que temos uma nova chance — não de fazer perfeito, mas de tentar fazer funcionar uma existência individual que esteja mais a nosso serviço, e não contra nós. O coletivo é porque queremos nos sentir abraçados — nos alimentamos também de alegrias e comemorações. E, mais uma vez, a constatação de que precisamos uns dos outros”, explica.

Segundo o relatório “World Mental Health Day 2024”, o Brasil está entre os países com mais pessoas estressadas: 42% dizem que o estresse atrapalhou a rotina; as mulheres e os jovens são os mais afetados. “Muitos temem fazer um balanço do ano, o de que fechar esse caixa pressupõe uma única equação, resultados exatos, desfechos perfeitos, o que é outro engano. Refletir, em uma era de tanto imediatismo, muitas vezes pode soar como démodé ou simplesmente contraproducente. Não resta dúvida de que depressão e ansiedade são transtornos regidos, além de outros fatores, por uma insistência quase patológica de se viver no passado ou no futuro. Mas fazer estacionar o tempo, para que se possa olhar para mais um ano que termina, ajuda-nos a observar essa trajetória de ganhos e perdas, de aprendizados e de experiências”, ensina ela.

No mais, se você estiver na loucura de Copa, olhe pro céu, com os fogos em 3D, imagens de corações, planetas e até uma cascata dourada, para entrar no clima de 2025 com a energia lá no alto. E feliz Ano Novo para o meu, para o seu, para o nosso Rio!

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