Lu Lacerda
Por Lu Lacerda
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Parte do acervo de Djanira organizado e mais à mão pra você
Instituto Pintora Djanira lançou plataforma com 200 obras da artista autodidata com evento na Pinakotheke Cultural
Daqui pra frente o acervo de Djanira da Motta e Silva (1914 – 1979) está organizado e mais à mão pra você: nessa segunda (09/12), a Pinakotheke Cultural, em Botafogo, organizou um encontro para lançar uma plataforma com mais de 200 trabalhos da artista, entre pinturas, gravuras e desenhos, considerada um dos nomes mais importantes do modernismo, lançado pelo Instituto Pintora Djanira.
Fundado em 2021, com direção de Eduardo Taulois – sobrinho do historiador baiano José Shaw da Motta e Silva, o Motinha, marido da pintora paulista – e direção artística da curadora e crítica de arte Fernanda Lopes, o instituto quer promover diálogos entre passado e presente com base na produção entre os anos 1940 e 1970. “Foram três anos de trabalho de estruturação do instituto até aqui e, a partir de agora, iniciamos as atividades públicas”, diz Fernanda.
No site, informações sobre os 200 itens do acervo administrado por Taulois, que detém os direitos autorais por sucessão.
“A proposta é que seja uma iniciativa de apoio a projetos e um centro de referência sobre a obra dessa importante artista. Pretendemos estimular a reflexão sobre o legado deixado por Djanira e as discussões de questões relevantes para a atual produção artística e crítica do Brasil”, completa Eduardo, lembrando que Djanira foi uma pintora muito falsificada e, em vida, já tinha essa preocupação. “Queremos incentivar discussões sobre a importância da certificação e do desenvolvimento de expertise para reconhecimento de autenticidade”.
A intenção é também reunir informações de obras e fazer parcerias com outras instituições, como o Museu Nacional de Belas Artes, que tem o maior conjunto de trabalhos de Djanira. “Nos interessa que o IPD funcione como um importante centro de referência em pesquisa, divulgação e leitura, tanto para um público especializado quanto para o público em geral”, finaliza Fernanda.
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