Imagem Blog

Lu Lacerda

Por Lu Lacerda Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Jornalista apaixonada pelo Rio

Milton Cunha em aula-espetáculo: “Tinha pressa em abandonar a pequeneza”

O projeto “Formar Cultura” teve sua 5ª aula com convidados que falaram sobre “Territórios e a Produção Criativa”

Por lu.lacerda
Atualizado em 11 fev 2025, 17h02 - Publicado em 11 fev 2025, 16h00
Milton Cunha, Tonico Pereira, Serjão Loroza e Babu Santana
Milton Cunha, Tonico Pereira, Serjão Loroza e Babu Santana  (Cristina Granato/Divulgação)
Continua após publicidade

 

Regina Miranda e Denise Escudeiro - FORMAR CULTURA - FEV 2025 - CG
Regina Miranda e Denise Escudeiro (Cristina Granato/Divulgação)
Regina Miranda e Denise Escudeiro - FORMAR CULTURA - FEV 2025 - CG
Rogério Medeiros e Antonia Mascarenhas (Cristina Granato/Divulgação)
_DSC2215 Vinicius S , Rayane Zaguini e Rafa Dome - GRUPO MALDITOS - FORMAR CULTURA - FEV 2025 - CG
Vinicius S, Rayane Zaguini e Rafa Dome, do Grupo Malditos (Cristina Granato/Divulgação)
_DSC2412__ Milton Cunha - FORMAR CULTURA - FEV 2025 - CG
Milton Cunha entregue (Cristina Granato/Divulgação)
Continua após a publicidade

Seguindo com as aulas-espetáculos, o “Formar Cultura” lotou o Teatro Cacilda Becker, no Catete, nessa segunda (10/02), para ouvir dos convidados sobre “Territórios e a Produção Criativa”.

Entre eles, o apresentador Milton Cunha, que levantou a calça até o joelho e tirou a sandália pelo calor intenso, depois de bater cabelo, cantando Joelma e relembrando seu passado em Belém do Pará: “Eu tinha pressa em abandonar a pequeneza: queria voar, pegar o pau de arara e ir embora. A educação me ajudou a sair mais rápido – as almas eram pequenas. Eu, muito jovem, com 10 anos, me enfiava nos cineclubes para assistir a Godard, Truffaut, Bergman… Havia um mundo artístico que não era pobre, não era miséria. Você não cabe nas prateleiras quando é uma criança-viada. Os adultos ficam desesperados. Você desmunheca, e eles ficam pra morrer, os vizinhos, a diretora do colégio… Muito cedo, experimentei a solidão e a liberdade. Eu era o pecado e me achava a 8ª maravilha do mundo. Quem estava perdido eram eles; eu estava encontradíssimo”. Aplausos sem fim.

O ator e diretor Tonico Pereira também levou a plateia à loucura com a sua espontaneidade: “Quando vim para o Rio (nasceu em Campos dos Goytacazes), vim jogar futebol pelo América. Depois descobri a arte: é tão bom poder ser ator, puta que pariu! Tô aí até hoje, já fiz Molière, Shakespeare, não juntei dinheiro…”. Tonico se perdeu na cronologia dos fatos e pediu ajuda a Marina Salomão, sua mulher, para ajudar a lembrar como foi o início da carreira.

Continua após a publicidade

O ator Babu Santana lembrou muito bem, já que fazia Tablado, no Jardim Botânico; gostava até do curso, mas odiava as pessoas. “Até que fui pro Nós do Morro (projeto artístico de 38 anos no morro do Vidigal) e me encontrei. A minha galera tava lá. Ganhava mais dinheiro pintando parede do que como ator no começo”.

Também estiveram no evento a coreógrafa e cineasta Regina Miranda, a multiartista Renata Tavares e o ator e empreendedor Serjão Loroza, que conversaram com o produtor Eduardo Barata, coordenador-geral do projeto, destacando a diversidade na produção cultural com artistas que transitam por várias vertentes das artes no Rio.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Assinantes da cidade do RJ

A partir de 35,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.