Lu Lacerda

Por Lu Lacerda

Jornalista apaixonada pelo Rio

Beira-Mar

Maitê Proença: “Fazer no Rio é mais importante”

Maitê Proença volta com “Duas Irmãs & Um Casamento”, no Teatro dos Quatro, de 13 a 29 de junho, em cena com Débora Olivieri, na Gávea

Por lu.lacerda
Atualizado em 7 jun 2025, 11h10 - Publicado em 7 jun 2025, 07h30

Maitê Proença volta com “Duas Irmãs & Um Casamento”, no Teatro dos Quatro, de 13 a 29 de junho, em cena com Débora Olivieri. A atriz sempre repete seu grande amor, digamos, pelos palcos cariocas: “O carioca é conhecido por ser mais solto no sentido da graça e do humor. Porque as pessoas na rua já são e podem ser muito divertidas, muito hábeis com o humor. Aqui, talvez a responsabilidade aumente um pouco, mas a gente está muito segura, a peça está bem azeitada e ela hoje é muito mais engraçada do que na estreia, que foi no Rio também. Fazer no Rio é mais importante, tem os nossos amigos. É bom tê-los na plateia, fazê-los dar risada. É até diferente de SP ou de BH, onde encenamos num teatro de 900 lugares, abarrotado, era uma maravilha, mas aqui tem esse diferencial.”

Ernesto Piccolo dirige a comédia do dramaturgo inglês Peter Quilter, que surgiu em um momento de luto: “Estava fazendo ‘O pior de mim’ desde a pandemia. Daí o Pereio morreu (Paulo César Pereio, em 2024). Estou na missa de sétimo dia, todo mundo triste, mas lembrando do Pereio, tristeza pontuada de gargalhadas, e aí o Piccolo disse: ‘Maitê, vamos fazer uma comédia rasgada’. Achei tão adequado àquela situação inusitada de estar sendo convidada para fazer uma comédia no meio de uma missa de sétimo dia, que eu imediatamente falei que sim”.

E segue: “Estava na hora de fazer as pessoas rirem, o mundo está muito complicado, muito difícil, muito pesado, as pessoas estão mais mal humoradas do que jamais estiveram, ninguém presta atenção em nada e não tem um lastro para poder lidar com a vida”, explica ela, que depois do Rio sai em turnê pelo país.