Inauguração dupla na Danielian Galeria, na Gávea. Veja fotos!
“Visconti e Renoir: Impressionismo — 150 anos” e “Daniel Lannes — Entre Poses"
A Danielian Galeria fez inauguração dupla nessa quinta (07/11), com “Visconti e Renoir: Impressionismo – 150 anos” e “Daniel Lannes — Entre Poses”, na Danielian Galeria, na Gávea, nessa quinta (07/11).
Na primeira, 55 trabalhos do artista ítalo-brasileiro Eliseu D’Angelo Visconti (1866-1944), e seis do francês Pierre Auguste Renoir (1841-1919) — cinco a óleo e uma litografia — comemorando o movimento que inaugurou a era moderna na arte, com curadoria de Denise Mattar, ocupando dois andares da galeria. As obras são empréstimos de coleções como a do Instituto Collaço Paulo e a de Ronaldo Cezar Coelho, entre outras, com o apoio do Projeto Eliseu Visconti. “A primeira exposição dos artistas que seriam conhecidos como impressionistas aconteceu em Paris em 1874 e, entre eles, estavam Claude Monet, Auguste Renoir, Edgar Degas e Berthe Morisot. Audaciosos, eles se posicionavam contra as regras da Academia: pintavam ao ar livre, usavam cores claras, abordavam temas do cotidiano e eram atentos à percepção dos efeitos da luz natural e do movimento”, explica Denise, dizendo que a paisagem não era um tema muito valorizado até então.
Algo de impressionismo só chegou ao Brasil alguns anos depois. “Em 1892, Visconti iria para a França, com o prêmio da Escola Nacional de Belas Artes, e lá adotaria, para sempre, técnicas impressionistas. Sua atuação foi fundamental para a incorporação do estilo por aqui, notadamente a partir das pinturas criadas por ele para o Theatro Municipal do Rio”, conta ela.
Já Daniel levou 12 pinturas inéditas, com curadoria de Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto, que ficam no Pavilhão I da galeria. Os títulos das obras são tão expressivos quanto — “Novos mitos, novos traumas,” “A pele da paisagem”, “Cuidar desprezando, desprezar cuidando,” “Trégua” e assim vai, sugerindo o universo criado por Nelson Rodrigues (1912-1980), que “em um estilo próprio e polêmico abordava de maneira ácida e debochada as questões cotidianas da classe média suburbana carioca e, a partir de paixões, traições e moralismos, seus personagens viviam entre conflitos que revelavam os aspectos mais íntimos e profundos da natureza humana” dizem os curadores.