Galeria Anita Schwartz faz homenagem a Cildo Meireles
São desenhos produzidos nas décadas de 1960, 1970 e 1980, gravuras e objetos pouco conhecidos pelo público




















A Galeria Anita Schwartz, na Gávea, ocupou o 2º andar com uma homenagem a Cildo Meireles, um dos grandes da arte contemporânea, com a mostra “Percurso e presença”, inaugurada nessa terça (04/06), num vaivém de várias gerações das artes plásticas.
São desenhos produzidos nas décadas de 1960, 1970 e 1980, gravuras e objetos pouco conhecidos pelo público, como “Fiat Lux”, obra apresentada uma única vez pelo artista carioca, em 1979, por apenas 24 horas. Ao chegar, o próprio Cildo contou que, há décadas, não via aqueles trabalhos: “Fico feliz de rever estes trabalhos. Mais que feliz, estou emocionado”, disse.
“A mostra destaca uma vertente menos conhecida, mas de grande relevância no processo criativo do Cildo. A prática do desenho permeia sua produção desde a infância e desempenhou importante papel em sua trajetória”, comenta Cecília Fortes, consultora artística da galeria.
Durante muitos anos, o desenho foi a principal fonte de renda do artista carioca. A venda desses trabalhos para amigos e colecionadores possibilitou que Meireles se dedicasse à carreira e fizesse projetos mais, digamos, grandiosos, que o deixaram conhecido.
Os trabalhos são desenhos livres, de cenas guardadas na memória do artista, alguns inspirados nas máscaras africanas e outros, nas histórias em quadrinhos.
Até 5 de julho.