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Lu Lacerda

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Jornalista apaixonada pelo Rio

Frases do grande ator Ney Latorraca em entrevistas à coluna

“Sou igual a Elizabeth Taylor: estou sempre com problemas", disse ele em 2016 sobre sua saúde

Por lu.lacerda
Atualizado em 26 dez 2024, 15h47 - Publicado em 26 dez 2024, 15h00
Ney
Ney Latorraca  (Markos Fortes/Divulgação)
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Em 2016, ano de Olimpíadas no Rio, a coluna conversou com Ney Latorraca, pelo seu aniversário de 72 anos (25 de julho) e a empolgação com nova peça em cartaz, “As cadeiras”, um clássico do teatro do absurdo, de Eugène Ionesco, com Tássia Camargo e Edi Botelho (com quem Ney foi casado por 30 anos), sua primeira direção em teatro. “Me sinto como se eu estivesse começando. Quando você está em cena, fica protegido pelo personagem, mas estando de fora, como diretor, você não pode ‘entrar’ – eu sofro, sou muito tenso”, disse à época.

Selecionamos algumas das frases desse grandíssimo artista, vitorioso por si, dono de raciocínio rápido e humor em alta.

Sobre a saúde: em 2012, teve um susto daqueles, ficando 47 dias internado com uma colangite obstrutiva e, em 2015, fez uma cirurgia de hérnia umbilical: “Sou igual à Elizabeth Taylor: estou sempre com problemas. Quem fala isso é o (Miguel) Falabella. É do meu temperamento: jogo tudo pro estômago. Agora estou me cuidando melhor, parei de fumar, ando na Lagoa todo dia. Cuidando da máquina”.

Sobre se o jeito de ver a vida havia mudado: “Claro que a vida mudou de valor. Agora eu estou no lucro; descobri que tudo é uma grande bobagem. Quando as pessoas me falam que rezaram por mim, que fizeram novena, me emocionam. Os médicos da Casa de Saúde São José são maravilhosos, carinhosos mesmo. Quando a fisioterapeuta Ana Paula, uma das que cuidaram de mim, chegou à igreja para o seu casamento, eu já estava na porta”.

Sobre o Rio estar movimentado com as Olimpíadas (em 2016): “Os pessimistas deviam se mudar de cidade, ir embora do Rio. Imagina a loucura que vai ser, com a nossa energia?”

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Sobre mudanças: “O Ney Latorraca está maravilhoso, está tinindo, já virou uma marca. Me imitam. Como me disse o Chico Buarque, ‘quando vira piada de banheiro, é consagração’. Quero mudar, sim, quero deixar de ser pontual, sou aquele que chega um dia antes. Os pontuais sofrem. Pra você ter uma ideia, chego horas antes quando vou embarcar – aí, claro, meus aviões sempre atrasam. Minha pontualidade é tanta que, em Roma, um dia, já me fez perder um jantar do Bertolucci, para nada. O avião teve problemas e tive que dormir no hotel do aeroporto”.

Sobre o que considerava um porre: “Porre é essa gente que acredita em tapete vermelho – uns chatos, se acham”.

Sobre um defeito: “A vaidade, mas meu humor me protege e mostra o ridículo da vida.”

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Sobre impulsos: “Dar boas gargalhadas e ser um palhaço da vida. Tem gente que não entende.”

Ney morreu nesta quinta (26/12), aos 80 anos, na clínica São Vicente, na Gávea: o câncer começou na próstata, depois metástase e, por fim, sepse pulmonar. Velório aberto ao público, nesta sexta (27/12), de 10h30 às 13h30, no Theatro Municipal, Cinelândia, e cremação às 15h, evento fechado.

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