Excesso de afetividade sob 40 graus: Cláudia Matarazzo comenta
"Suor a gente não compartilha", diz consultora de etiqueta

Então, tá combinado: excesso de afetividade na academia, na rua, no calçadão, fica proibido. Talvez esses cumprimentos possam ser deliciosos e adequados no inverno, que acabou faz tempo, e com quem se tem muita intimidade, que fique claro. Carioca é, por si, amoroso, gosta de abraçar, tocar, beijar, mas lembre-se: seu suor (argh!) é seu; o do outro é do outro — essa pode ser a melhor saída.
Nesta quarta (22/01), deu-se o seguinte diálogo na academia Bodytech da Gávea, quando uma conhecida partiu para beijar a outra, pingando de suor ao sair do aparelho de abdominal: “Por favor, não me beija, estou suada”. E a outra: “Suados estamos todos — smack”. Ah, não deixa de ser quase um crime, digno de multa ou trabalhos comunitários, pelo menos! rsrsrsrsrrs.
Em situações especiais, tudo pode mudar, por óbvio. Lembrando que a temperatura média no Rio está em torno dos 40º, com sensação térmica de 47.
Procurada, a consultora de etiqueta Cláudia Matarazzo, comenta: “Suor a gente não compartilha. É uma variante da frase do Jânio Quadros, de que a intimidade só traz aborrecimentos e filhos. E como ninguém quer aborrecimentos ou suor dos outros, a gente evita. Por mais que tenha afeto, pense duas vezes antes de abraçar; até uma mão suada pode ser desagradável a outra pessoa”.