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Lu Lacerda

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Jornalista apaixonada pelo Rio

Ex-guerrilheiro Cid Benjamin lança livro com reflexão para o Brasil atual

Livro tem fotos históricas dos anos que vão de 1930 até o fim da ditadura militar, em 1985 — período essencial para entender o Brasil contemporâneo

Por lu.lacerda
Atualizado em 12 ago 2025, 17h41 - Publicado em 12 ago 2025, 16h30
A jornalista e tradutora Rosa Freire d'Aguiar (Prêmio Jabuti com o livro de crônicas "Sempre Paris"), o ex-ministro da Ciência e Tecnologia no governo Lula (2003-2004), e Cid Benjamin
A jornalista e tradutora Rosa Freire d'Aguiar (Prêmio Jabuti com o livro de crônicas "Sempre Paris"), o ex-ministro da Ciência e Tecnologia no governo Lula (2003-2004), e Cid Benjamin (Fernando Rabelo/Divulgação)
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A ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda e Cid Benjamin
A ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda e Cid Benjamin (Fernando Rabelo/Divulgação)
O desembargador João Batista Damasceno e Cid Benjamin
O desembargador João Batista Damasceno e Cid Benjamin (Fernando Rabelo/Divulgação)
Franklin Martins, ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República durante o segundo mandato de Lula (2007 a 2010), e Cid Benjamin
Franklin Martins, ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República durante o segundo mandato de Lula (2007 a 2010), e Cid Benjamin (Fernando Rabelo/Divulgação)
Eliomar Coelho, ex-deputado estadual pelo Rio (até 2022) com Cid Benjamin
Eliomar Coelho, ex-deputado estadual pelo Rio (até 2022) com Cid Benjamin (Fernando Rabelo/Divulgação)
Cid Benjamin com o desembargador Siro Darlan
Cid Benjamin com o desembargador Siro Darlan (Fernando Rabelo/Divulgação)
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Fila para os autógrafos
Fila para os autógrafos (Fernando Rabelo/Divulgação)

Nessa segunda (11/08), a Travessa de Botafogo estava politizada para o lançamento do livro “Democracia Sempre! – Ditadura Nunca Mais” (Geração Editorial), do jornalista e ex-guerrilheiro Cid Benjamin — com fotos históricas, o livro percorre os anos que vão de 1930 até o fim da ditadura militar, em 1985 — período essencial para entender o Brasil contemporâneo.

Benjamin, que viveu na pele os “anos de chumbo”, conta detalhes inéditos, como sua participação no sequestro do embaixador americano Charles Elbrick. “O Brasil moderno nasceu nesse período, com seus avanços e seus retrocessos”, disse ele durante conversa. Cid foi dirigente do movimento estudantil nos anos 1968 e da resistência armada à ditadura militar – e um dos idealizadores e executores do sequestro do embaixador norte-americano, Charles Elbrick, em 1969.

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O autor chama atenção para a necessidade de entender o passado para não repetir os erros: “Não podemos baixar a guarda. A democracia é uma construção diária, que exige vigilância constante. É preciso ter clareza de que há sempre quem queira arrastar o Brasil de volta à escuridão.”

Comparando o Brasil de Vargas, com seu Estado Novo autoritário, aos golpes e repressões do regime militar, Cid diz que, apesar do fim da ditadura, as feridas sociais — da desigualdade à herança da escravidão — permanecem e ainda desafiam a democracia. “Se você sair, vai ver famílias inteiras dormindo na rua, sem garantia de alimentação. Que democracia é essa que não protege seus cidadãos mais vulneráveis?”.

Em conversa com a jornalista e tradutora Rosa Freire D’Aguiar, perguntado sobre os altos e baixos do país, a nova Constituição e presidências democráticas, em 2018 foi eleita a extrema-direita. Como explicar essa oscilação política que afetou o país? “Não só no Brasil há ameaças desse tipo. Este é um fenômeno global. Mas a construção da democracia é, em todo o mundo e em todos os tempos, um processo de aperfeiçoamento contínuo. Novos desafios surgem e novas condições se apresentam”, respondeu.

“A juventude precisa conhecer esse capítulo da nossa história para entender a importância de defender a liberdade e a justiça social. Me orgulho de ter feito parte de uma geração que, arriscando a vida, se jogou de cabeça na luta pela democracia e pela justiça social. Quando perguntado se faria tudo de novo, costumo responder que sim, ainda que de forma diferente. Lutar por ideais é uma das formas de uma pessoa ser feliz. E uma das formas mais dignas. Não me considero uma vítima”, finalizou.

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