Eliane Potiguara, primeira escritora indígena do país, se inscreve na ABL
Por enquanto, dos sete inscritos, tem duas mulheres, o que de certa maneira é uma evolução, nos dois últimos pleitos só homens concorreram

Eliane Potiguara, primeira escritora indígena do país, inscreveu-se para a vaga de Evanildo Bechara na ABL, nesta quarta (28/05).
Por enquanto, duas mulheres se candidataram, o que, de certa maneira, é uma evolução: nos dois últimos pleitos, só homens concorreram.
No dia anterior, a primeira inscrição foi da escritora mineira Ana Maria Gonçalves, autora de “Um defeito de cor” (Record), que inspirou o enredo da Portela no carnaval de 2024.
Eliane Lima dos Santos, a Eliane Potiguara, é carioca, professora, escritora, ativista e fundadora da Rede Grumin de Mulheres Indígenas, pioneira no país. Foi uma das 52 brasileiras indicadas para o projeto internacional “Mil Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz”. Ano passado, ela lançou os livros ”Questão Indígena Brasileira: Visto Minha Própria Pele sem Medo” e ”Conhori e as Icamiabas – Guerreiras da Amazônia”. No último dia 20 de maio, recebeu, pela segunda vez, a Ordem do Mérito Cultural na classe ”Cavaleiro”, em evento no Palácio Capanema, entregue por Lula.
Se Ana Maria for eleita, será a primeira mulher negra entre os imortais; se for Eliane, será a primeira indígena, fazendo par com Ailton Krenak.
A ABL tem 33 homens e 5 mulheres como membros e, ao longo da história, apenas 11 mulheres foram eleitas como imortais, o que representa uma minoria em relação aos 339 homens.