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Lu Lacerda

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Jornalista apaixonada pelo Rio

“Eddy — Violência e Metamorfose”, baseado nos livros de Édouard Louis  

Os dois atores ficam completamente nus na peça, até por isso, produção pede que celulares fiquem em modo avião

Por lu.lacerda
Atualizado em 23 jun 2025, 17h09 - Publicado em 23 jun 2025, 16h00
Érika Mader e João Cortês
Érika Mader e João Cortês  (Guilherme Scarpa/Divulgação)
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Kika Kalache, Guilherme Piva e Victor Garcia Peralta
Kika Kalache, Guilherme Piva e Victor Garcia Peralta (Guilherme Scarpa/Divulgação)
Igor Fortunato, Júlia Lund e João Côrtes
Igor Fortunato, Júlia Lund e João Côrtes (Guilherme Scarpa/Divulgação)
Igor com Priscila Sztejnman, Aline Fanju e Marcelo Grabowsky
Igor Fortunato com Priscila Sztejnman, Aline Fanju e Marcelo Grabowsky (Guilherme Scarpa/Divulgação)
Dani Floresani e Homero Ligere
Dani Floresani e Homero Ligere (Guilherme Scarpa/Divulgação)
Guilherme Piva, Luiz Felipe Reis e Victor Garcia Peralta
Guilherme Piva, Luiz Felipe Reis e Victor Garcia Peralta (Guilherme Scarpa/Divulgação)
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Quem foi à pré-estreia de “Eddy — Violência e Metamorfose”, nesse fim de semana, no Sesc Copacabana, diz que o público sai de lá, digamos, diferente. Baseado em três livros do escritor Édouard Louis, de 32 anos (destaque na FLIP 2024 e duas semanas no Brasil), com direção de Luiz Felipe Reis e Marcelo Grabowsky, a peça trata de um estupro e tentativa de homicídio que Eddy (João Côrtes) sofre. Antes de começar, a produção pede que todos coloquem os celulares em modo avião, por duas razões: eles usam muito o artifício bluetooth e wi-fi ao vivo, e os dois atores ficam completamente nus, ou seja, para que ninguém faça fotos ou vídeos protegendo a privacidade dos artistas.

“Estar em cena despido — de roupas e de defesas — me exigiu um nível de entrega visceral. É também um gesto simbólico de despir máscaras, de me colocar por inteiro ali, na pele da personagem. É um teatro que exige coragem”, diz Côrtes.

A proposta de reunir três publicações do autor num único espetáculo teve o aval do próprio Édouard, vivido por Côrtes. No mês do orgulho LGBT+, a trama aborda violência de classe e de gênero, homofobia e xenofobia, produzida pela Polifônica, companhia criada por Julia Lund e Luiz Felipe Reis e que celebra 10 anos em 2025.

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“Édouard descreve com precisão os efeitos devastadores das forças de opressão e de destruição que constituem a nós e nossas sociedades contemporâneas. Sua obra é um alerta e um chamado a encontrar vias de contraposição e de combate a tais forças. É por isso que violência e metamorfose são temas profundamente conectados: as forças de violência, de algum modo, provocam e convocam as forças de transformação”, diz o diretor Luiz Felipe Reis.

A história é baseada num episódio real vivido pelo autor no Natal de 2012, em Paris. Depois de um jantar com amigos, ao voltar pra casa, Édouard é abordado por um jovem de origem argelina, Redá, personagem de Igor Fortunato, e, então, seguem para o apartamento do escritor. Depois de uma noite de sexo, na manhã seguinte, Édouard é violentado por esse homem e quase assassinado.

Depois da quase tragédia, ele começa uma viagem de retorno à sua cidade natal (Hallencourt). Fica na casa da sua irmã, Clara (Julia Lund), e reconstitui a própria vida.

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