Depois de vídeo, Milton Cunha diz: “A branquitude que vá à Disney”
Apresentador respondeu às críticas sobre os enredos das escolas
Um vídeo transmitido pelo Rio Carnaval, canal oficial dos desfiles das escolas de samba da cidade, em evento na Cidade do Samba, nesse domingo (01/12), viralizou nas redes, em que Milton Cunha falou sobre a celebração da negritude pelas escolas na comemoração do Dia do Samba (oficialmente, nesta segunda, 02/12).
Um dos internautas respondeu, dizendo que em “algumas coisas, ele (Milton) está certo, porém dizer que as escolas de sambas precisam, todos os anos, africanizar em seus enredos é sandice. Em qualquer segmento, tudo que é demais enjoa!”
Enxurrada de mensagens criticaram o internauta, incluindo uma do próprio Milton: “Não afirmo que elas precisam, mas afirmo que elas têm o direito de escolher e, se ficarem na negritude, já estarão de bom tamanho. Essa sua vontade de que elas não ‘cansem’ a hegemonia branca, mercado cultural, é sintomática do fastio racista. A linguagem e a estrutura narrativa são afro-brasileiras, e a branquitude que vai à Disney. Eles têm coração no continente-mãe e poderão estar em tributo até quando quiserem! Aceitem! Quando eles quiserem falar de outra coisa, tipo iogurte, pagarão o preço!”
No vídeo viralizado, Milton diz: “Ah, tem muita macumba! Ah, é sempre a África! Meu amor, é desfile da inteligência negra periférica. Tu quer que fale de Branca de Neve? De Donald Trump? Não, meu amor, vai falar de Clementina de Jesus, de Exu, de Laíla (dirigente de carnaval morto em 2021), porque escola de samba é negro, e os negros produziram a maior vitrine cultural do país para o mundo. Aceita, que dói menos”.