Depois de doc sobre os Menendez, brasileira edita outro sobre crimes reais

Depois do sucesso de “O Caso dos Irmãos Menendez” (2024), documentário que integrou a lista de mais assistidos da Netflix, a cineasta brasileira Fernanda Schein, que mora em Los Angeles e foi uma das editoras da série, prepara outro lançamento sobre crimes reais.

“American Murder: Gabby Petito”, que chega ao Brasil como “Assassinato nos EUA: Gabby Petito”, estreia dia 17 de fevereiro no mesmo streaming, em doc que conta a história da jovem influenciadora americana assassinada pelo noivo em 2021, enquanto mostrava o relacionamento perfeito nas redes, mesmo vivendo uma relação tóxica. “Gabby era uma menina da geração Z, com o dia a dia absolutamente documentado. E o que mais me marcou foi me ver nessa menina. Apesar de ser uma geração mais nova que eu, ela vivia a história de muitas outras mulheres. Ela tinha um grupo de amigos, era ligada à arte, gostava de skate e tinha esse namorado, que ela conhecia a vida toda, e que se tornou seu assassino”, diz Fernanda.

Entre as diversas nuances da série, além dos sutis sinais de uma relação patológica, Fernanda ainda comenta que “Brian era um menino muito depressivo, o que o levou ao ponto extremo da violência. É muito triste porque me dá a sensação de que poderia ter acontecido comigo, com algum familiar”.

Fernanda participou de todo o processo de edição do seu segundo trabalho sobre crimes reais, de forma mais intensa do que em “Menendez”. “Quando comecei, estava um pouco ansiosa porque sou uma pessoa impressionável. No início, mexe bastante com a gente, mas depois ficamos um pouco dessensibilizados para o material físico que está na nossa frente”, diz ela, que também colaborou em “Poisoned: The Dirty Truth About Your Food” (2023), que conquistou um Emmy.

Entre os curtas, ela estreou no ano passado “Escadaria do Amor”, no Festival de Cinema Brasileiro em Los Angeles (LABRFF), projeto filmado no Rio, que deve chegar em breve, ao Brasil.

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