Ciência e arte: UFRJ tem duas fotos finalistas em prêmio inglês
Como um parasita pode ser tão bonito?


Duas imagens produzidas por pesquisadores ligados à UFRJ estão entre as 25 finalistas do Prêmio Wellcome de Fotografia, com resultado nesta quarta (16/07), em cerimônia em Londres, no Francis Crick Institute. Há 28 anos o concurso junta diferentes perspectivas, usando fotografias e imagens biomédicas para revelar a importância da saúde e da ciência, em questões como saúde mental, doenças infecciosas, mudanças climáticas e pesquisas de descoberta. As imagens já ganharam mil libras (R$ 7,5 mil) e os vencedores das suas categorias ganham 10 mil libras (R$ 75 mil).
Uma das imagens foi produzida por Ingrid Augusto, na época doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Biofísica do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF), e pela tecnóloga Vânia Vieira, orientadas pelo professor e atual diretor do IBCCF, Kildare Miranda.
A imagem mostra a estrutura interna do parasita causador da doença de Chagas, mas parece uma obra de arte cinética — observado por microscopia eletrônica. “Gosto muito dessa ligação entre arte e ciência. Não imaginava que poderia ser selecionada. É uma oportunidade de mostrar como a ciência no Brasil é feita de forma eficiente, de alta qualidade, com alta produção”, diz Ingrid.
A outra foi produzida por Jander Matos e Joaquim Nascimento, pesquisadores da Universidade Estadual do Amazonas (CMABio/UEA) em cooperação com o IBCCF e Cenabio/UFRJ, que mostra um ovo do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e zika. Os trabalhos vencedores ficarão em exposição na Galeria Manby, do Instituto Francis Crick, de 17 de julho a 18 de outubro.