Cello Camolese sobre a nota: “Horto perdendo a autenticidade?”
"Estamos restaurando uma casa que estava decrépita e somos um restaurante tranquilíssimo", afirma o empresário

Depois da nota “Horto perdendo a autenticidade?”, o empresário Cello Camolese, investindo em bares e restaurantes no Rio há mais de 20 anos, discorda sobre o bucólico do bairro estar ficando no passado.
Dono de um portfólio de sucessos que inclui o Zazá Bistrô (comandado pela mulher, Zazá Piereck), 00, Devassa, Vezpa e a Casa Camolese, Manouche, agora é a vez do Gonza, restaurante a ser aberto no Horto, em sociedade com o chef argentino Gonzalo Vidal, em agosto. “Somos um restaurante tranquilíssimo, com comida maravilhosa, serviço impecável, meio bodegão argentino, um negócio muito fora do comum. Nosso propósito é agregar ao bairro, à vizinhança e à cidade, como sempre fiz com meus negócios e estou fazendo há 35 anos, sempre pensando muito não só em lucrar, mas também em fazer um trabalho bacana para os cariocas e para a cidade. O projeto está sendo super bem cuidado, estamos restaurando uma casa que estava decrépita. Então acho que a vizinhança não tem nada a temer, muito pelo contrário: acho que é algo de que eles vão se orgulhar e provavelmente frequentar”, diz à coluna.
Quanto às dificuldades de investir, ele diz que algumas delas “são inerentes ao próprio negócio. Independentemente do Rio, a gente poderia estar em qualquer outra cidade e viver desafios muito parecidos. Aqui, no Brasil, são muitas mudanças abruptas na economia e estamos sujeitos a esses humores do mercado porque nosso negócio é muito sensível a esses movimentos. Então, acho que o Rio, por ser essa síntese do Brasil, acaba tendo um impacto maior”.
E segue: “Por outro lado, as delícias de investir no Rio é pela cidade ser vibrante e responder tão bem. Eu não posso reclamar. Sou ‘paulistão’, moro no Rio há 27 anos e escolhi morar e investir aqui. Não estou aqui por acidente, foi por escolha. Em momento algum, eu me arrependi de vir para o Rio; muito pelo contrário, nunca pensei nem em voltar para São Paulo”, diz ele.