Biólogo Mario Moscatelli: convite a Dom Orani pra ver as lagoas de perto
O primeiro convidado será Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio, para visita aos ecossistemas lagunares em recuperação

O biólogo Mario Moscatelli vai convidar Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio, para visitar as lagoas em recuperação tentando sensibilizar a sociedade para o meio ambiente, aproveitando o tema deste ano da Campanha da Fraternidade (CF), durante a Quaresma: “Fraternidade e Ecologia Integral” e como lema “Deus viu que tudo era muito bom”.
Há mais ou menos uma década, Mario encontrou o arcebispo e, à época, entregou um documento de 15 páginas mostrando a gravidade da situação no Rio (principalmente no sistema lagunar da Baixada de Jacarepaguá), a falta de saneamento básico e outros problemas recorrentes, mas não deu em nada e agora ele aproveitou o tema da CF. “Nas visitas, pretendo mostrar que é possível recuperar ecossistemas historicamente degradados bem como, para que isso dê certo, é preciso o engajamento de toda a sociedade. Vou levá-lo à lagoa Rodrigo de Freitas — um paciente que já teve alta, mas sempre merece nosso total cuidado —, para mostrar que há possibilidade da recuperação. E a responsabilidade não é só das empresas, do poder público, mas principalmente da sociedade, que não tem demonstrado a devida importância pra urgência ambiental que estamos vivendo”, diz Mario.
Depois, o biólogo leva dom Orani ou seu representante às lagoas da Zona Oeste; tem a intenção também de convidar outros líderes de várias religiões. “Supondo a existência do Criador, e cada um acredita no que quiser, não tem problema, mas o fenômeno final é o mesmo. É um chamado para que as pessoas que tenham algum compromisso com a fé, com a religião se comprometam também com a Criação. Não adianta ficar só rezando — tem que botar a mão na massa, escolher representantes para o Executivo, Legislativo, atentos à questão ambiental, independentemente da bandeira política. Você tem que fazer o dever de casa, e uma das formas é através da sensibilização religiosa”, avalia.