As duas Anitas da vida do artista plástico Bruno Lyfe. Veja fotos!
Antes do auge da noite, o artista já tinha vendido todas as 12 pinturas da mostra “Ventar o tempo”


























Antes do auge da noite, Bruno Lyfe, 34, já tinha vendido todas as 12 pinturas da mostra “Ventar o tempo”, na sua primeira individual carioca, na Anita Schwartz Galeria, na Gávea.
O artista, que começou no grafite, pode dizer que tem duas “Anitas” na sua vida: a primeira, cantora com dois “T”, encomendou um painel da série “Look mom, I can fly” (título inspirado no doc sobre o rapper americano Travis Scott) para o hall de sua nova casa, no Itanhangá, com 3,7 metros por 2,2 metros, a maior tela que Bruno pintou; a segunda é Anita Schwartz, a galerista que o representa, desejada por muitos artistas.
Bruno passou pela Escola de Belas Artes (EBA) da UFRJ e pela EAV do Parque Lage. Destacou-se na coletiva “Funk”, em 2023, no MAR, também com uma tela da série “Look mom, I can fly”, comprada pelo Pérez Art Museum Miami na 14ª edição da ArtRio, no ano passado.
“Bruno destacou-se entre os mais de 700 artistas brasileiros e estrangeiros inscritos na edição 2024 do GAS, projeto realizado pela galeria para promover novas vozes da arte contemporânea. Seu trabalho conquistou reconhecimento internacional, com aquisição pelo museu de Miami e representa, com força poética e rigor formal, as narrativas periféricas brasileiras. É um artista que projeta o futuro”, diz Anita Schwartz.
O artista mantém um ateliê no bairro onde nasceu e vive, Ramos, na Zona Norte, que forneceu muita matéria-prima para seu trabalho em cores e formas nas casas vizinhas. “Transporto para as telas o que vejo todos os dias quando venho para o ateliê e tudo que vivi com meus amigos. Gosto de montar as imagens como quem organiza fragmentos de memória e realidade. O dia a dia no ateliê é muito sobre experimentar, ajustar e escutar o que a pintura pede. Não queria fazer o mar, o calçadão de Copacabana, mas o cotidiano das pessoas, a paisagem que eu vejo”, diz.
“Acompanho seu trabalho com interesse desde o início. Expus pinturas dele no Rato, projeto que tenho com Cabelo desde 2016, então estou de olho. Nos tornamos amigos, e é muito emocionante ver essa mostra hoje, uma pintura exuberante, um conjunto fantástico”, comenta Raul Mourão.