Artista suíço Philippe Decrauzat inaugura mostra na Nara Roesler
Ele é um dos principais nomes da nova geração da arte óptica e cinética






















A abertura da mostra “Logo as sombras desaparecem”, nessa terça (29/04), com trabalhos recentes e inéditos do artista suíço Philippe Decrauzat, levou um clima alegre à Nara Roesler, em Ipanema. Decrauzat é um dos principais nomes da nova geração da arte óptica e cinética.
Vivendo entre Lausanne e Paris, o artista tem seu trabalho em várias coleções institucionais na Suíça e na França, assim como no MoMA em Nova York e no MACBA, em Buenos Aires. Os convidados chegaram no fim da tarde, ansiosos pela visita guiada, que aconteceu pontualmente às 19h.
São 18 pinturas em acrílica sobre tela, das quais 13 foram criadas por Decrauzat especialmente para a exposição, cinco delas nunca vistas no Brasil — mostradas em individuais do artista em Genebra, Madri e Salzburg, em 2024.
O título da mostra tem origem nos estudos feitos pelo médico e cientista tcheco Jan Purkyne (1787-1869) na década de 1820, sobre a anatomia e a fisiologia do olho humano. Decrauzat se interessa particularmente pelas descobertas de Purkyne sobre o fosfenos, fenômeno visual caracterizado pela percepção de flashes ou manchas de luz gerados por estímulos internos, como pressionar as pálpebras fechadas. Ele costuma dizer “o observador está sempre no centro de meus dispositivos”.
Nesta quarta (30/04), às 18h30, o artista estará na Cinemateca do MAM, para mostra o filme “Gradient” (2021), em que aborda as propriedades da luz no cinema a partir do filme canônico “Aurora” (1927), do cineasta alemão Friedrich Wilhelm Murnau — ele vai conversar com Jonathan Pouthier, responsável pela coleção e programação de filmes do Centre Pompidou, em Paris.