Abertura da mostra de Karin Lambrecht: pinturas vieram da Inglaterra
A gaúcha Karin Lambrecht, destacada tanto no Brasil quanto no exterior, mora desde 2017 na Ilha de Thanet, a 130km de Londres










“Cadê a artista?”, perguntou um desavisado ao chegar na galeria Nara Roesler, em Ipanema, para a mostra “A Intimidade da Luz”, nessa terça (15/07). Ela não estava e nem chegaria: a gaúcha Karin Lambrecht, destacada tanto no Brasil quanto no exterior, mora desde 2017 na Ilha de Thanet, a 130km de Londres, ao lado de onde o pintor William Turner (1775-1851) captava a luz do lugar, que dizia ser “a mais bela da Europa”.
Karin está aproveitando essa famosa luz em suas caminhadas nas praias cobertas por cascalhos e areias grossas, diferentes das areias finas e quentes das praias brasileiras, cercada pelas montanhas e falésias, servindo como inspiração para as 24 pinturas, todas vindas do seu ateliê na Inglaterra, segundo ela “mais meditativas, mais leves, que celebram a vida e a natureza. Tento mostrar a baleia, a concha, a areia, o mar, porque o mar fica bem pertinho da minha casa”.
Fernanda Lopes, que escreveu o texto que acompanha a exposição, falou sobre as obras, e destacou que “quanto mais a gente toma intimidade com elas, mais descobrimos coisas nas pinturas aquareladas, com os pigmentos diluídos em água, que Karin faz”.
No ano passado, Karin fez a individual “Seasons of the Soul” (“Estações da Alma”), no Rothko Museum, em Daugavlpils, Letônia, e atualmente participa das coletivas “Geometrias”, no Museu de arte de São Paulo (MASP), em cartaz até 3 de agosto.
Um dos destaques é “Butterfly” (2025), em resina acrílica sobre lona, com 1,70 metro de altura por 2,05 metros de comprimento, acompanhada de uma frase da artista, escrita em vinil na parede: “Pintura vive na intimidade da luz e dorme junto a nós à noite”.