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Lu Lacerda

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Jornalista apaixonada pelo Rio

A invasão às redes do CEO dos Grammys: “Justiça por Bituca!”

Depois de postagem de Esperanza Spalding, enxurrada de comentários sobre o descaso com Milton Nascimento

Por lu.lacerda
Atualizado em 3 fev 2025, 12h36 - Publicado em 3 fev 2025, 10h01
Milton
Esperanza Spalding leva cartaz com imagem de Milton Nascimento numa espécie de protesto no Grammy (Reprodução/Internet)
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Alguns momentos sempre viralizam em noite de Grammy, como nesse domingo (02/01), e além da nudez da arquiteta australiana Bianca Censori, mulher de Kanye West, um brasileiro causou comoção: Milton Nascimento.

Aos 82 anos, Bituca concorria pelo álbum “Milton + Esperanza”, na categoria de Melhor Álbum Vocal de Jazz, com várias canções dele mesmo, de Esperanza Spalding, além de outros compositores, como Lennon e McCartney e Michael Jackson.

No dia 27 de janeiro ele partiu para Los Angeles, onde teve encontro com o também brasileiro Hamilton de Holanda, outro indicado ao Grammy. E no sábado (01/02), Willow Smith, filha de Will Smith, postou uma foto do encontro com Milton e escreveu: “Sem palavras”.

Milton e Esperanza perderam o prêmio para o disco “A joyful holiday”, de Samara Joy. Até aí, tudo bem, mas Milton, um dos maiores do Brasil foi impedido de entrar no salão principal da premiação, tanto que a própria Spalding, que estava sentada em uma das mesas, levou uma foto do Milton com a frase: “This living legend should be seated here” (em tradução livre, “esta lenda viva deveria estar sentada aqui”).

Na postagem de Spalding, ela diz: “Estou falando de um assento físico… aqui nesta mesa onde estou sentada. Estou irritada porque essa lenda viva não foi considerada importante o suficiente para sentar entre os A-listers, ou seja lá como as mesas no piso principal são organizadas”.

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A imagem da cantora segurando o cartaz viralizou, assim como o tratamento dado ao músico, tanto no Brasil quanto com vários estrangeiros que conhecem e sabem a importância de Milton.

Os brasileiros, claro, invadiram o perfil de Instagram de Harvey Mason Jr., CEO da premiação, em sua última publicação, ainda em janeiro, com mensagens em inglês como: “Milton Nascimento teve seu lugar negado. Ele é amigo de Quincy Jones que foi honrado no seu evento. Cadê o respeito?”, “se tem uma coisa que a indústria do entretenimento aprendeu na última semana é que não se deve mexer com os brasileiros (sobre o caso da espanhola Karla Sofia Gascón, de ‘Emilia Perez’, concorrente ao Oscar com Fernanda Torres). E você o fez da pior maneira. Você desrespeitou uma das maiores lendas do nosso país. Falam de diversidade e mudança, mas isso só funciona dentro das suas fronteiras, para um artista negro brasileiro ainda o vê como alguém inferior. Ele foi do Brasil para Los Angeles, ficou feliz por estar no Grammys e você o tratou como nada”, “não posso descrever o quanto desrespeitosa foi essa decisão com um dos maiores artistas mundiais vivos” e assim vai.

Assim como todo gringo que recebe uma enxurrada de mensagens, ele ainda deve estar tentando entender o tsunami brasileiro.

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