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Uma família de cariocas vivendo o que há de melhor na vida, e compartilhando todas as dicas por aqui. Acompanhem!
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Safari no Cerrado e muito mais

Observação de lobos-guarás, veados, araras e visuais de perder o fôlego esperam quem visita a Pousada Trijunção

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Atualizado em 21 abr 2023, 00h46 - Publicado em 28 jun 2022, 09h43

Em Trijunção, quem comanda é a natureza; o relógio de tudo é o sol, e o dia começa começa e termina com ele. Por isso,  ainda é madrugada quando começamos o safari pela mata, acompanhados pelos biólogos do projeto Onçafari.  À medida que adentramos o cerrado, e o sol começa a clarear no horizonte,  os animais vão aparecendo: lobos-guarás, veados campeiros, araras, emas. A experiência é emocionante, e é apenas uma das atividades da pousada Trijunção, que integra um projeto gigantesco e belíssimo que une conservação, preservação e ecoturismo.

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Trijunção: projeto para  preservação o Cerrado

O Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil, atrás somente da Floresta Amazônica. É considerado também o berço das águas do país: é nele que estão aquíferos com as nascentes das nossas maiores bacias hidrográficas.

Porém, hoje restam menos de 50% da área original do Cerrado no Brasil, engolido pela maior fronteira agrícola e pela maior área irrigada do Brasil.

Diante desse cenário de beleza e devastação, nasce a Fazenda São Francisco da Trijunção, com um objetivo principal: preservar e conservar esse importante bioma.

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As cores do cerrado: mata reluz como ouro
As cores do cerrado: mata reluz como ouro (Breno Madeira/Veja Rio)

A fazenda Trijunção, na divisa da Bahia com Minas e Goiás, tem 33 mil hectares de área protegida – o que equivale a 47 mil campos de futebol, ou 1/4 do município do Rio – e funciona como um barreira ao avanço das plantações de soja, milho algodão e gado. Além disso, ela resguarda ainda as veredas que alimentam o Rio São Francisco.

A pousada surgiu anos depois, com o intuito de ampliar o alcance do trabalho de conscientização e sensibilizar o público. Hoje, Trijunção abarca a pousada, a área de preservação, centros de pesquisa e um criadouro conservacionista.

Em parceria com o Onçafari, Trijunção tem um projeto de proteção do Lobo-Guará, hoje em risco de extinção. Eles podem ser vistos no Cerrado
Em parceria com o Onçafari, Trijunção tem um projeto de proteção do lobo-guará, hoje em risco de extinção. Eles podem ser vistos no Cerrado (Onçafari/Veja Rio)

Quem viaja para Trijunção cai de alma nisso tudo. Safáris, nadar na lagoa, fazer trilhas, observar o céu, os pássaros, ver o sol nascer e se por, e sempre acompanhado de pesquisadores e protetores, são algumas das atividades propostas para o viajante. Uma verdadeira imersão no Cerrado.

Pousada Trijunção: paisagens lindas encantam todo o tempo
Pousada Trijunção: paisagens lindas encantam todo o tempo (Juju na Trip/Veja Rio)

A pousada:

Exclusividade, aconchego e sustentabilidade. A pousada Trijunção tem apenas 7 suítes, e foi construída aproveitando a estrutura que já existia de uma antiga casa de fazenda. O projeto traz os tons e materiais do Cerrado e objetos assinados por artistas locais.

Como as antigas sedes, os quartos são organizados em torno de um jardim florido e cheio de pássaros. É uma sinfonia constante.

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Flores, materiais naturais integração com a natureza no projeto da pousada
Flores, materiais naturais integração com a natureza no projeto da pousada (Juju na Trip/Veja Rio)

São 3 categorias de quarto: Master, Premium e Standard, com diárias a partir de R$ 2500 em regime all inclusive, com passeios, refeições e bebidas (exceto vinho).

As suítes são equipadas com cama king size, ar-condicionado, TV com canais por cabo, e têm camas kings size, lençóis fio 600 e roupa de banho Trousseau. A Suíte Premium conta com sala de estar e varanda. A Master possui duas varandas e ofurô.

Pousada Trijunção
Uma das varandas do bangalô Master (Juju na Trip/Veja Rio)
Nosso quarto no bangalô Master da Pousada Trijunção
Nosso quarto no bangalô Master da Pousada Trijunção (Breno Madeira para Juju na Trip/Veja Rio)
Quartos pousada Trijunção
E o Ofurô!! Chegar dos passeios e relaxar aí é uma delícia (Juju na Trip/Veja Rio)

Há ainda uma piscina com vista para o cerrado, e um spa. O restaurante é um capítulo a parte, comandado pelo chef-executivo Fabian Sasso e com o máximo de ingredientes saindo da horta orgânica da fazenda. O cardápio é inspirado nas culinárias de Minas Gerais, Goiás e Bahia, e há também opções vegetarianas e veganas.

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As atividades: Safári no Cerrado

Há várias iniciativas de conservação e preservação em Trijunção. Um dos projetos é Onçafari, que aqui tem como foco o monitoramento e proteção do lobo-guará, animal em risco de extinção. Hoje, há dez deles sendo monitorados na fazenda, e pode haver muitos outros ainda não identificados pelo projeto. São eles as estrelas do safári, feito nos mesmos moldes do africano.

Há, pelo menos, 10 lobos-guarás em Trijunção.
Há pelo menos 10 lobos-guarás em Trijunção (Onçafari/Veja Rio)

Os safáris acontecem quando o dia raia e no final da tarde, sempre em carros abertos. Ainda está escuro quando a aventura começa e, assim que sol nasce, os animais começam a aparecer. É a vida nas primeiras horas da manhã.

safari no cerrado: observação de lobos-guarás, veados e muito mais
Safári no cerrado: observação de lobos-guarás, veados e muito mais (Onçafari/Veja Rio)

As biólogas do Onçafari vão junto, explicando os hábitos do lobo e todo o trabalho de proteção. Nas mãos, elas levam uma antena, que ajuda a captar o sinal emitido pelos colares do animais. Ao mesmo tempo, elas rastreiam as pegadas do bicho no chão.

Sem dúvida, é o lobo a estrela do safári. Mas além dele, no caminho, é possível observar também veados, emas, araras, cachorros-do-mato e antas. É raro encontrar onças por aqui, mas elas existem. Inclusive a parda.

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Nascer do sol na Lagoa da Araras

Chegamos à lagoa ainda de madrugada. O céu nesse ponto o Brasil é um dos melhores para observação de estrelas, e pode-se ver claramente a faixa nebulosa da Via Láctea. A essa hora não venta, e o espelho d’água reflete os corpos celestes, multiplicando a beleza. O ornitólogo Vinícius Viana prepara o barco, e deslizamos com ele até o meio da lagoa.

As araras voando sobre a lagoa
As araras voando sobre a lagoa (Breno Madeira para Juju na Trip/Veja Rio)

E então, o céu e o espelho d’água começam a ficar vermelho como fogo, laranja, amarelo. O sol nasce, e dezenas de araras  canindés e vermelhas iniciam seus voos, algumas em rasantes sobre as nossas cabeças, grasnando esganiçadas.

As araras voando sobre a lagoa
As araras voando sobre a lagoa (Juju na Trip/Veja Rio)
Reflexos: beleza multiplicada pelo espelho d'água
Reflexos: beleza multiplicada pelo espelho d’água (Juju na Trip/Veja Rio)

Só isso já seria o suficiente, mas aqui tudo é hiperlativo. E, depois do nascer-do-sol, somos servidos com um super café-da-manhã no deque da lagoa. Na sequência, é hora de mergulhar nas águas limpas e deliciosas, e ter tempo para curtir esse lugar até a hora do almoço.

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Trilha de Fat Bike

Para quem gosta de pedalar esse passeio é divertidíssimo! O destino é de novo a lagoa, mas agora fazendo um a trilha de fat bike, junto com o botânico Pedro Igor, um fera, para aprender sobre as plantas. O trajeto é uma delícia, e o carro vai sempre atrás, em caso de cansaço e desistência.

 

A trilha de fat bike
A trilha de fat bike (Breno Madeira para Juju na Trip/Veja Rio)

Passarinhada

Mais uma vez, o passeio começa antes do sol, e com o ornitólogo Vinícius Viana. Isso porque é no alvorecer que os pássaros começam a cantar, e é encantador a quantidade de sons diferentes que se ouve.

Há uma torre de observação sobre a pousada, e de lá vemos o sol nascer sobre o cerrado. Então, seguimos por uma trilha entre a vegetação, caminhando por cerca de 1h30, com calma e parando para observar as aves de todas as cores e tamanhos.

mata da Trijuncao
O caminho que percorremos para a passarinhada (Juju na Trip/Veja Rio)
Araras Canindés: há bandos em Trijunção
Araras Canindés: há bandos em Trijunção (Vinícius Vianna/Veja Rio)

Aprendemos muito sobre elas. Há pássaros que dançam para conquistar suas parceiras, outros que defendem suas famílias, diferenciamos os pios e grasnos e vamos apurando o olhar e a escuta para, no fim, nos sentirmos completamente integrados nesse universo. Vale ressaltar a variedade de espécies: nessa pequena caminhada, ouvimos quase 50 pássaros diferentes.

E agora, papagaios. Há uma variedade incrível de pássaros na fazenda
E agora, papagaios. Há uma variedade incrível de pássaros na fazenda (Vinícius Viana/Veja Rio)

Pôr-do-Sol no marco Trijunção

O marco define a divisa exata dos estados de Minas, Goiás e Brasília. Achei que, como todos os marcos, encontraríamos uma linha divisória marcando os limites geográficos e alguma sorte de monumento. Mas não, em Trijunção nada é mais ou menos ou comum. Tudo é escandalosamente especial.

cerrado
Cerrado preservado a perder de vista (Juju na Trip/Veja Rio)

Para começar, o caminho até o marco passa por uma vegetação de altitude. Depois, no caminho, vamos provando frutas e remédios da mata, em uma imersão guiada pelo botânico Pedro.

Ao chegar, a surpresa: o marco fica sobre um morro e, para baixo das colinas vermelhas, o cerrado preservado se perde no horizonte. Para terminar, nesse ambiente especial e super romântico, Trijunção arma uma mesa com champanhe e frutas para selar a experiência.

E a mesa com champagne
E a mesa com champanhe (Juju na Trip/Veja Rio)

Criadouro conservacionista

Para completar, há ainda um criadouro conservacionista.

A ideia do espaço é servir como banco de DNA de espécies e também com parceiro de instituições que fazem soltura e reintrodução de animais. Ele abriga mais de 250 animais, entre jabutis tinga, antas, emas, queixadas, veados catingueiros e lobos-guará.

Recentemente, junto com o Refauna, foi feita uma reintrodução de antas na Mata Atlântica, e já está em andamento um trabalho semelhante com jabutis tinga. Da mesma forma, em parceria com o Onçafari, foi feita a soltura de lobos-guarás na fazenda.

Como chegar

Trijunção fica a cerca de 6 horas do aeroporto de Brasília, e a pousada organiza o transfer para os hóspedes (valor não incluso na diária). O terrestre sai a partir de 3400 para 4 passageiros, ida e volta, No mês de julho, a pousada terá um serviço de voo ligando a capital à pousada, e o serviço de ida e volta custará R$ 2200, ida e volta, por passageiro.

Para mais dicas de viagem, siga o instagram do Juju na Trip. E veja também o post sobre as ilhas gregas 

 

 

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