Zagallo, 80 anos
Nesta terça Mário Jorge Lobo Zagalo completa 80 anos e, em sua homenagem, vamos relembrar alguns capítulos de sua vida ligados a cada um dos quatro grandes. América (como jogador): Foi no período em que era jogador da base do América que Zagallo participou de sua primeira Copa do Mundo. Mas não foram suas qualidades […]
Nesta terça Mário Jorge Lobo Zagalo completa 80 anos e, em sua homenagem, vamos relembrar alguns capítulos de sua vida ligados a cada um dos quatro grandes.
América (como jogador): Foi no período em que era jogador da base do América que Zagallo participou de sua primeira Copa do Mundo. Mas não foram suas qualidades futebolísticas que motivaram uma convocação e sim o fato de estar servindo o exército que o levou para o gramado do Maracanã, para trabalhar na segurança da decisão entre Brasil e Uruguai. Nem sempre o Velho Lobo foi pé quente.
Botafogo (como jogador): Como jogador do Botafogo Zagallo foi campeão da Copa do Mundo de 1962, no Chile.
Botafogo (como técnico): o recorde de invencibilidade do futebol brasileiro foi estabelecido pelo Botafogo em 1978, com 52 partidas sem perder, sob o comando de Zagallo. No ano seguinte o Flamengo igualou a série, curiosamente perdendo para o Botafogo o que poderia ser o 53º jogo, tendo o gol da vitória sido marcado por Renato Sá, que fez dois gols contra o Botafogo jogando pelo Grêmio, quebrando a invencibilidade do alvinegro.
Flamengo (como jogador): Como jogador do Flamengo Zagallo foi campeão da Copa do Mundo de 1958, na Suécia.
Flamengo (como técnico): Zagallo iniciou sua última passagem pelo clube em partida contra o Vélez pela Mercosul e dias depois enfrentava o Vasco pelo Brasileiro. Justificando a folclórica fama de retranqueiro, povoou o meio campo de volantes (Leandro Ávila, que vinha sendo titular, Rocha e Jorginho, que entraram para trancar o time), mas o time surpreendeu com a postura ofensiva do time, que fez uma partida brilhante, goleou o futuro campeão por 4×0 e foi saudado pela Nação Rubro-Negra, que comemorou a goleada cantando “Ih! Ih! Ih! Vai ter que me engolir!”.
Fluminense (como técnico): Zagallo comandou o time na conquista do Carioca de 1971, conquistado graças ao polêmico gol marcado aos 42 minutos do segundo tempo. Após um lançamento na área alvinegra o lateral tricolor Marco Antônio, supostamente, cometeu falta no goleiro Ubirajara, que acabou soltando a bola nos pés do atacante Lula, que só empurrou para as redes. O Flu de Zagallo comemorou e o Botafogo do seu coração reclama até hoje do árbitro José Marçal Filho.
Vasco (como técnico): Único dos quatro grandes em que Zagallo não obteve conquistas. Teve uma passagem sem brilho de 1980 a 1981 e outra, ainda menos interessante, entre 1990 e 1991. Ficou para a história a caminhada solitária do Velho Lobo ao final de um 2×2 com o Bragantino em São Januário, quando atravessou o campo sozinho (lembre-se que em São Januário vestiário e banco ficam em lados opostos), sendo xingado pela torcida, para nunca mais treinar o time.