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Histórias do futebol carioca

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Um personagem carioca na Copa de 1966 – Garrincha

Manuel Francisco dos Santos, o Mané Garrincha, o Anjo das Pernas Tortas, foi um dos maiores jogadores e personagens do futebol de todos os tempos. Brilhou no Botafogo durante doze anos. No fim de carreira, já com seríssimos problemas de joelho, passou por Corinthians, Portuguesa, Flamengo e Olaria, além de ter jogado amistosamente com inúmeras […]

Por Bruno Salles
Atualizado em 25 fev 2017, 18h39 - Publicado em 23 Maio 2014, 02h15
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1966

Manuel Francisco dos Santos, o Mané Garrincha, o Anjo das Pernas Tortas, foi um dos maiores jogadores e personagens do futebol de todos os tempos. Brilhou no Botafogo durante doze anos. No fim de carreira, já com seríssimos problemas de joelho, passou por Corinthians, Portuguesa, Flamengo e Olaria, além de ter jogado amistosamente com inúmeras outras camisas. Com a camisa da Seleção, Garrincha jogou 61 vezes em um período de onze anos, com apenas uma derrota. Junto com Pelé a estatística é ainda mais impressionante: 40 jogos, 35 vitórias, 5 empates e nenhuma derrota. Uma história maravilhosa que terminou de maneira melancólica na Copa de 1966, quando Garrincha jogava pelo Corinthians e sua carreira já estava na descendente.

A Seleção foi para a Copa de 1966 com alguns veteraníssimos do bicampeonato 58/62 (Gylmar, Garrincha, Bellini, Djalma Santos, Orlando e Zito), algumas jovens revelações que viriam a conquistar o tri em 70 (Tostão, Gérson, Britto, Edu e Jairzinho), Pelé no auge da fama e alguns jogadores que tiveram na Inglaterra sua única experiência em Copa do Mundo. Mas esse mix de gerações não foi capaz de fazer uma campanha sequer razoável.

A Seleção estreou na Copa de 1966 contra a Bulgária. Vitória por 2×0, dois gols de falta, marcados por Garrincha e Pelé, dois jogadores que nunca se destacaram por serem especialistas em bolas paradas. Foi a última vez que Pelé e Garrincha jogaram juntos pela Seleção. No segundo jogo, desfalcada de Pelé, contundido, derrota para a Hungria por 3×1, na última partida de Garrincha com a camisa da Seleção, que também significou a primeira derrota. No terceiro jogo, com Pelé recuperado, mas sem Garrincha, barrado (a Seleção mudou muitos jogadores a cada jogo na Copa de 1966), nova derrota por 3×1, dessa vez para Portugal, e despedida melancólica da Seleção.

E terminava assim uma era no futebol brasileiro. Garrincha só conheceu a derrota com a camisa da Seleção na sua 61ª partida. Com Pelé ao lado, nunca perdeu. Ganhou duas Copas e inúmeros outros títulos ao longo da carreira. Mas também “ganhou” muitos problemas nos joelhos e nos fígados, que, juntos, minaram sua carreira e, ao final, sua vida. Há quem diga que Garrincha já havia “morrido” para o futebol quatro anos antes, quando tinha 29 de idade, após conquistar a Copa do Chile e o Carioca de 1962 pelo Botafogo. Morreu de cirrose hepática com apenas 49 anos.

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garrincha

A Copa de 1966 foi a última vez que se viu essa cena: Garrincha e Pelé comemorando, com os companheiros, um gol da Seleção

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