No dia do solista, relembre os solos de quem não era tão virtuoso assim
Comemora-se hoje, 14 de junho, o dia do solista. No futebol a figura do solista confunde-se com a do craque habilidoso, inteligente e raçudo, capaz de resolver um jogo com uma jogada individual. Mas o futebol é apaixonante, entre outras inúmeras razões, porque às vezes, num momento decisivo, um “grosso” é capaz de executar um […]
Comemora-se hoje, 14 de junho, o dia do solista. No futebol a figura do solista confunde-se com a do craque habilidoso, inteligente e raçudo, capaz de resolver um jogo com uma jogada individual. Mas o futebol é apaixonante, entre outras inúmeras razões, porque às vezes, num momento decisivo, um “grosso” é capaz de executar um “solo” que vale um título para seu time. Relembre:
Flamengo: O Flamengo vinha de um tri carioca e lutava pelo seu primeiro título brasileiro. Depois da derrota para o Atlético-MG por 2×1 no Mineirão, o empate em 2×2, placar até os 37 do segundo tempo, quando Nunes entrou pela esquerda, tentou cruzar, não conseguiu e resolveu fazer tudo sozinho. Silvestre para trás, João Leite batido, bola na rede, Flamengo campeão brasileiro de 1980.
Gol de Nunes, Flamengo campeão brasileiro de 1980
Vasco: O Carioca de 1988 já estava mais que encaminhado para as bandas de São Januário. O Vasco, embalado, foi campeão da Taça Rio e do terceiro turno, começou a decisão melhor-de-três contra o Flamengo com vantagem, venceu o primeiro jogo e contava os minutos para ser campeão com o 0×0 do segundo jogo, enquanto o rival tentava vencer e forçar a terceira partida. Até surgir Cocada. O lateral reserva, até então famoso apenas por ser irmão de Müller, entrou aos 41, fez gol aos 44, foi expulso aos 45 e entrou para a história do Vasco, campeão carioca de 1988.
Gol de Cocada, Vasco campeão carioca de 1988
Fluminense: O solista tricolor não foi autor do gol, mas muita gente achou que foi. O Flamengo comemorava seu centenário em 1995 e trouxe simplesmente Romário, herói do tetra, para liderar o time. O Carioca daquele ano teve um octogonal final em 2 turnos. O Flu foi o único grande a começar o octogonal sem nenhum ponto extra pelo desempenho na 1ª fase e ainda perdeu seus primeiros jogos. Mas fez uma campanha de recuperação belíssima e chegou à reta final disputando ponto a ponto o título com o rival rubro-negro. O Flu deu um baile no 1º tempo e abriu 2×0. O Fla reagiu no 2º tempo, empatou em 2×2, resultado que lhe valeria o título. Mas aos 41 minutos do segundo tempo o carregador de piano Aílton deu dois cortes dentro da área e bateu forte para o gol. Bola na rede, festa tricolor. Na ficha técnica do jogo consta como se o gol tivesse sido de Aílton o famoso gol de barriga que sacramentou, Fluminense campeão carioca de 1995.
Gol de Aílton, Fluminense campeão carioca de 1995
Botafogo: O Carioca de 97 tinha um regulamento tão criativo que o Botafogo foi campeão da Taça Guanabara, da Taça Rio e mesmo assim ainda teve que disputar uma decisão contra o Vasco, campeão do terceiro turno. Os cruzmaltinos venceram o primeiro jogo, quando Edmundo debochou rebolando de Gonçalves e de toda a família botafoguense. No segundo jogo Dimba resolveu fazer justiça. A única colaboração que recebeu foi ter recebido a cobrança de um lateral de Wilson Goiano. Foi driblando, trombando, chegou na linha de fundo, cortou para trás e estufou a rede. Botafogo, mais que justamente, campeão carioca de 1997.
Gol de Dimba, Botafogo campeão carioca de 1997