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Histórias do futebol carioca

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Homenagem a Bellini, ídolo do Vasco e capitão da primeira Copa conquistada pelo Brasil

Faleceu nesta semana um dos grandes personagens da história do futebol, não só carioca, mas brasileiro e até mundial. Bellini foi um dos grandes nomes do Vasco, clube que defendeu em 430 jogos de 1952 a 1961, período em que conquistou os Cariocas de 1952, 1956 e 1958, e também espaço na seleção brasileira, em […]

Por Bruno Salles
Atualizado em 25 fev 2017, 18h44 - Publicado em 21 mar 2014, 04h26
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Faleceu nesta semana um dos grandes personagens da história do futebol, não só carioca, mas brasileiro e até mundial.

Bellini foi um dos grandes nomes do Vasco, clube que defendeu em 430 jogos de 1952 a 1961, período em que conquistou os Cariocas de 1952, 1956 e 1958, e também espaço na seleção brasileira, em que estreou em partir de 1957, chegando à Copa de 1958 como capitão do time. Na Copa, fez parte da melhor defesa da competição, que não sofreu nenhum gol nos quatro primeiros jogos e levou quatro gols no total, sofridos nas vitórias por 5×2 sobre a França na semifinal e sobre a Suécia na final, vitórias que levaram o Brasil ao primeiro título mundial.

Após a conquista, Bellini, como capitão do time, recebeu a taça recém-conquistada e, por acaso, estabeleceu uma nova forma de erguer a taça. Até então os capitães das seleções campeãs recebiam a taça, posavam para fotos e, eventualmente, a erguiam um pouco para exibi-la. Bellini, atendendo a pedidos dos fotógrafos, ergueu a taça com as duas mãos sobre a cabeça, e de lá para cá todos os capitães campeões do mundo repetiram o gesto.

Atendendo a pedidos dos fotógrafos, Bellini ergueu a taça o mais alto que pode, com o rei sueco ao fundo.
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Atendendo a pedidos dos fotógrafos, Bellini ergueu a taça o mais alto que pode, com o rei sueco ao fundo.

Bellini também entrou para a história por ser estátua na principal entrada do Maracanã, mas nem todo mundo sabe que a estátua não é uma homenagem ao zagueiro. Construída após o título mundial de 1962 para homenagear, genericamente, todos os campeões do mundo, há várias versões sobre o rosto da estátua, sendo a mais aceita a que dá conta de o rosto que serviu de referência para a estátua foi a do cantor Francisco Alves, cujo apelido era “O Rei da Voz”, nome da rede de lojas do empresário Abraham Medina, que encomendou a estátua.

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A Estátua do Jogador, que tem o rosto supostamente inspirado no cantor Francisco Alves, e é mundialmente conhecida como Estátua do Bellini

A Estátua do Jogador, que tem o rosto supostamente inspirado no cantor Francisco Alves, e é mundialmente conhecida como Estátua do Bellini

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Claro que além de “inventar” o gesto de erguer a taça e ser estátua na frente do Maracanã, Bellini foi um grande jogador, com seriedade, vigor físico e espíritos de liderança e de grupo. Uma história exemplar se deu na preparação para a Copa de 1962. Seu reserva na Copa anterior, Mauro Ramos, desestimulado com a reserva, pediu dispensa da seleção. Mas o técnico Aymoré Moreira disse que a reserva era só para mexer com os brios de Mauro, não aceitou a dispensa e foi comunicar a barração a Bellini. Bellini colocou o interesse do grupo acima do próprio interesse e disse simplesmente “é justo, agora é a vez do Mauro”. Mauro Ramos foi titular, capitão e repetiu o gesto de Bellini ao erguer a taça do bicampeonato mundial.

Hideraldo Luís Bellini nasceu em São Paulo em 7 de junho de 1930, jogou por Itapirense, Sanjoanense, Vasco, São Paulo a Atlético-PR, foi às Copas de 1958, 1962 e 1966, e morreu em 20 de março de 2014, também em São Paulo.

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