Heleno de Freitas: leia o livro e veja o filme
É tempo de celebrar Heleno de Freitas. Às vésperas do relançamento do livro e do lançamento, o blog abre espaço para Marcos Eduardo Neves, autor da biografia sobre um dos grandes craques do nosso futebol: “Heleno de Freitas poderia ser bem maior do que foi. Poderia ser ídolo de todas as cinco – sim, cinco […]

É tempo de celebrar Heleno de Freitas. Às vésperas do relançamento do livro e do lançamento, o blog abre espaço para Marcos Eduardo Neves, autor da biografia sobre um dos grandes craques do nosso futebol:
“Heleno de Freitas poderia ser bem maior do que foi. Poderia ser ídolo de todas as cinco – sim, cinco – grande torcidas do Rio de Janeiro de seu tempo. Explico. Ídolo do Botafogo ele foi, apesar de jamais ter vencido um campeonato com a camisa do clube. Era a Estrela Solitária literalmente no time. Só veio a ser campeão no Vasco, pelo poderoso Expresso da Vitória, no ano de 1949, mas às vésperas da Copa do Mundo no Brasil, brigou com o treinador do cliube – e da Seleção – Flávio Costa, perdendo sua vaga no escrete. No Fluminense, durante uma cisão entre amadores e profissionais, defendeu a camisa tricolor nas divisões de base. Mas aprontou tanto – contra companheiros e treinadores, principalmente – que teve o contrato rescindido antes mesmo da maioridade. Já embriagado pelo vício em éter e a loucura que o levaria a padecer num sanatório em Minas Gerais, Heleno tentou a sorte no Flamengo mas foi reprovado nos testes. Não pelo futebol brilhante, mas pelos nervos – já em pandareco. Por fim, vestiu a camisa rubra do América num único jogo, em 1951. Completamente transtornado, foi expulso por humilhar os próprios parceiros de time. Era sua aguardada estreia no Maracanã. Foi sua despedida patética e definitiva dos campos. Saiu dos gramados para entrar para a história. Dia 20 de março, relanço, pela Zahar, a biografia “Nunca houve um homem como Heleno”, na Livraria da Travessa de Ipanema. E dia 30 estreia nacionalmente “Heleno, O Príncipe Maldito”, filme de José Henrique Fonseca com interpretação visceral de Rodrigo Santoro.”