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Histórias do futebol carioca

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Em 1989, domingo de eleição após o sábado de Sele-Vasco campeã

No próximo fim-de-semana não teremos futebol no domingo por causa das eleições. Nos quase 123 anos de República tivemos muitas idas e vindas entre democracia, ditadura, eleições diretas ou indiretas. Nesse vai-e-vem a prática de eleições aos domingos, e não em datas fixas como 15 de novembro ou 3 de outubro, vem desde o 2º […]

Por Bruno Salles
Atualizado em 25 fev 2017, 19h19 - Publicado em 3 out 2012, 04h23
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No próximo fim-de-semana não teremos futebol no domingo por causa das eleições. Nos quase 123 anos de República tivemos muitas idas e vindas entre democracia, ditadura, eleições diretas ou indiretas. Nesse vai-e-vem a prática de eleições aos domingos, e não em datas fixas como 15 de novembro ou 3 de outubro, vem desde o 2º turno da eleição presidencial de 1989.

E vale a pena lembrar daquele fim-de-semana, especialmente porque foi quando o Vasco conquistou o seu bicampeonato brasileiro, no sábado 16 de dezembro, véspera da votação que elegeu Collor para a presidência. Título que foi exaustivamente lembrado pelos cruzmaltinos após o último post, sobre o jogo do Bujica. Como fizeram questão de ressaltar, Bujica ganhou um jogo. A Sele-Vasco de Bebeto ganhou o campeonato.

Em 1989 o campeonato tinha 22 times em dois grupos de 11, que jogaram entre si em turno único para classificar 8 de cada grupo para a 2ª fase, onde foram mantidos os grupos e a pontuação, e os times enfrentaram os rivais do outro grupo. Após 18 jogos, somente um time de cada grupo se classificou para a final.

O Vasco, campeão do grupo B, fez melhor campanha que o São Paulo, campeão do grupo A. Por isso tinha a vantagem de só precisar ganhar um jogo, além de poder escolher a ordem dos mandos de campo. Optou por jogar a primeira fora. Se perdesse ou empatasse no Morumbi, decidiria no Rio. Como ganhou, com o célebre gol de Sorato, levantou a taça sem necessidade de jogo de volta.

A campanha presidencial de 1989 foi das mais empolgantes da história, até pelo ineditismo do voto presidencial para várias gerações. A decisão do Brasileiro na véspera da decisão da eleição não ficou imune. Ao longo de todo o dia a torcida do São Paulo, majoritariamente, deu sinais de apoio a Collor, e a do Vasco a Lula. O Vasco foi campeão, Collor foi eleito. Depois veio o impeachment, mas aí é outra história.

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Ficha do Jogo:
Vasco 1 x 0 São Paulo
Local: Morumbi
Público: 71.552
Gol: Sorato aos 5 min. do segundo tempo.
São Paulo: Gilmar, Netinho, Adílson, Ricardo e Nelsinho; Flávio, Bobô e Raí; Mário Tilico, Nei e Edivaldo (Paulo César).
Técnico: Carlos Alberto Silva.
Vasco: Acácio, Luís Carlos Winck, Quiñónez, Marco Aurélio e Mazinho; Zé do Carmo, Marco Antônio Boiadeiro e Bismarck; Sorato, Bebeto e William.
Técnico: Nelsinho Rosa.

Correção: No post anterior dissemos que o público de 59.076 torcedores do jogo Flamengo 2×0 Vasco foi o recorde daquele campeonato, mas na realidade foi o recorde da primeira fase. O recorde do campeonato foi o público da decisão, mais de 12.000 torcedores acima do público do clássico carioca.

Sele-Vasco pronta para a batalha final.

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