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Histórias do futebol carioca

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A experiência de assistir um jogo no San Siro, em Milão

Férias de fanático, de um jeito ou de outro, acaba incluindo um futebol. Nas minhas fui ao San Siro, em Milão, assistir a Milan x Cagliari pela 2ª rodada do campeonato italiano, e acho que vale passar as minhas impressões sobre a experiência. Milão não é uma cidade tão grande e o San Siro, a […]

Por Bruno Salles
Atualizado em 25 fev 2017, 18h57 - Publicado em 21 set 2013, 21h56
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Férias de fanático, de um jeito ou de outro, acaba incluindo um futebol. Nas minhas fui ao San Siro, em Milão, assistir a Milan x Cagliari pela 2ª rodada do campeonato italiano, e acho que vale passar as minhas impressões sobre a experiência.

Milão não é uma cidade tão grande e o San Siro, a oeste do centro, fica fora da área atendida pelo metrô. Mas há uma estação de metrô de onde saem ônibus que, em cinco minutos, deixam os torcedores no estádio. Ao redor do estádio, muitas barracas de comida, bebida, camisas (piratas), bandeiras e tudo mais que se encontra ao redor de um estádio de futebol em praticamente qualquer lugar do mundo, sem nenhuma especificidade local.

Ao redor do estádio, barracas de comida, bebida e produtos (piratas) do time.

O San Siro, estádio municipal administrado por Milan e Inter, é grande (capacidade para cerca de 83.000 pessoas) e os públicos do campeonato italiano não são tão grandes, por isso foi possível comprar o ingresso na bilheteria do estádio, logo antes do jogo. O estádio tem três andares, mas como o público seria reduzido, o terceiro andar não foi aberto (com exceção do pequeno trecho para a torcida visitante). Meu ingresso era para o setor do meio-campo, 2º andar, e custou 40 euros. O controle de acesso por setor é rigoroso, mas não há controle com relação aos assento. O sócio-torcedor do Milan paga mais barato, compra pelo site e tem cartão ingresso.

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Pouco antes do começo do jogo, as filas para ingresso eram pequenas e organizadas.

A torcida do Milan estava um pouco apática, afinal é começo de temporada, o adversário era fraco e não havia nenhuma grande contratação em campo, o ambiente era como jogo de time grande contra pequeno em campeonato estadual. A grande atração no dia estava no banco, o centroavante Matri, que veio da Juventus e foi muito aplaudido quando entrou em campo no lugar do Robinho. Kaká só foi contratado na semana posterior ao jogo.

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San Siro, com ocupação abaixo da média e animação ainda menor.

A minúscula torcida do Cagliari ficou no único trecho do terceiro andar disponível, atrás do gol oposto ao lado onde ficam as organizadas do Milan, Aliás, sobre o terceiro andar, vale informar que foi construído, juntamente com a cobertura, na última grande obra que o estádio passou, para a Copa de 1990. Porém em um dos lados não foi construído o terceiro andar por falta de espaço, devido a proximidade com o vizinho, o Hipódromo da cidade.

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Como me disse um steward (lá, como cá, usam o termo inglês), a Sardenha é muito longe, por isso tão poucos torcedores do Cagliari apareceram. E ficaram na parte superior do terceiro andar, olhe com atenção para identifica-los.

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A proximidade com o Hipódromo (à dir.) impediu que a construção do terceiro andar do estádio no setor lateral oposto às tribunas.

O público total foi de 30.471, considerado pequeno para os padrões europeus, mas muito acima dos públicos de jogos entre grandes e pequenos no Brasil. Havia grande variedade de pessoas, jovens, adultos, pessoas mais velhas, pais e filhos, mulheres, o pessoal mal encarado das organizadas, sendo que em muitos casos o mal encarado é apenas estilo, alguns turistas, ricos e pobres, lembrando que na Europa muitas vezes os mais pobres têm cara de estrangeiro. Resumindo, gente de todo tipo, a maioria com jeito de que vai a quase todos os jogos da temporada.

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Faixas que exemplificam o ecletismo do público: Bellusco Skizzato, que não consegui descobrir o que significa, e Marco Unico, homenagem a Marco Van Basten.

Dentro do estádio os bares são simples, mas oferecem o que o torcedor precisa, cerveja, refrigerante, sanduíche, pizza (afinal estamos na Itália), sorvete e, as especificidades locais, chá e chocolate quente. Os assentos, colocados na reforma para a Copa de 1990, são bons, mas inferiores ao que se coloca nos estádios construídos ou reformados nos dias de hoje. O que, na minha opinião, não representa nenhum problema, pois a visão do campo é boa e o conforto é mais que suficiente para assistir um jogo de futebol.

Opções no bar do estádio. Tem cerveja, os preços são acessíveis e o atendimento é eficiente.

Ah, a partida foi vencida pelo Milan por 3×1, tendo sido os gols marcados por Robinho aos 8’ e Mexes aos 30’ para o Milan, Marco Sau aos 33’ para o Cagliari e Balottelli aos 62’ para o Milan – Clique e veja os gols do jogo.

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