Deu no Washington Post: homens cariocas fazem plástica para ter tanquinho
Jornal americano destacou na capa o aumento da busca dos homens por lipoaspiração de alta definição (lipo LAD) no Brasil em busca do abdômen perfeito
A quantidade de abdomens definidos nas praias cariocas chamou a atenção do jornal americano The Washington Post, que publicou na capa uma reportagem sobre o aumento no Brasil da chamada Lipo LAD – a lipoaspiração de alta definição –, especialmente entre os homens. Segundo a publicação, essa popularidade está ajudando a remodelar o perfil da cirurgia plástica no país, que produziu alguns dos mais renomados cirurgiões do mundo e que está no topo do ranking de cirurgia plástica. Há cinco anos, os homens representavam 5% dos pacientes, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. No último ano, este número subiu para quase um terço. Num período semelhante, mostram as pesquisas, as lipoaspirações realizadas em homens brasileiros aumentaram 46%.
Através da associação de tecnologias que evoluíram bastante na última década, a Lipo LAD permite reduzir o volume com a retirada de depósitos de gordura localizada, esculpindo grupos musculares. Ela ressalta os contornos, dando a aparência do que popularmente chamamos de abdômen tanquinho – algo que desde a Grécia Antiga é muito associado ao padrão de beleza masculino. Na prática, aquilo que algumas pessoas alcançam com muito sacrifício e disciplina na alimentação e na atividade física, a cirurgia permite fazer mais eficientemente.
O procedimento é ideal para homens e mulheres que desejam se livrar daquela gordura teimosa em áreas específicas, como é o caso do abdômen. Porém, não é para todos. Para que o resultado seja alcançado de forma satisfatória, o paciente deve estar com o peso adequado (IMC normal) ou com leve sobrepeso e pratique atividade física. Por questões de segurança, na lipoaspiração, o volume máximo que pode ser retirado deve ser de até 7% do peso corporal – por isso é uma cirurgia de contorno. Outro ponto importante a esclarecer inclui o fato de que lipoaspiração, seja qual for, não trata a flacidez da pele. Além disso, o ideal é que o paciente também seja praticante de atividade física, já que não é possível ressaltar tanto a musculatura do abdômen em quem não faça nenhum tipo de exercício.
A cirurgia pode aperfeiçoar a estética melhorando a autoestima das pessoas que ou se incomodam com a gordura localizada ou não conseguem a definição abdominal mesmo com o binômio dieta e exercícios. “Vaidade é uma virtude”, responde um dos principais entrevistados da reportagem americana, Junior Carvalho. O artigo do The Washington Post considera as redes sociais como um dos elementos que propiciou uma maior difusão e aceitação do procedimento entre os homens. Segundo o artigo, a lipo seria também um indicador de sucesso e status social também, pois indica certo poder aquisitivo, já que o investimento em uma cirurgia não é exatamente baixo.
Voltando a técnica, a lipo LAD consegue este efeito de tanquinho porque trabalha com a ideia de luz e sombra. O médico aspira uma quantidade maior ou menor de gordura em determinadas áreas. São duas as tecnologias usadas: ultrassom ou radiofrequência. Aplica-se estes aparelhos, um ou outro, antes da introdução da cânula de lipoaspiração para fazer uma quebra das células de gordura e depois também para favorecer a firmeza da pele.
Quanto ao resultado final, ele é notado com o passar do tempo. Até o primeiro mês o paciente estará muito inchado, o que diminui progressivamente em seis meses. Não se pode esquecer que, para manter os resultados, é preciso seguir uma alimentação balanceada e ter uma rotina de exercícios para não voltar a acumular gordura da região tratada.
Guilherme Ferretti é médico e cirurgião plástico. Membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Atua na cirurgia de contorno corporal, estética, reparadora e lesões de pele, com mais de uma década de experiência na especialidade da cirurgia plástica reparadora pós-bariátrica.