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Por Gilberto Ururahy, médico
Especialista em medicina preventiva
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Ultraprocessados: alimentos podem aumentar o risco de 32 doenças

Diabetes, hipertensão e colesterol alto estão entre as consequências de uma alimentação que não seja saudável

Por Gilberto Ururahy
Atualizado em 24 abr 2024, 12h20 - Publicado em 23 abr 2024, 13h41

Estudo publicado na revista científica BMJ mostrou que ingerir mais alimentos ultraprocessados pode estar diretamente ligado ao aumento no risco de vários problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas e pulmonares graves, câncer, mortalidade precoce e danos à saúde mental. A pesquisa destaca ainda os efeitos danosos das dietas ricas em ultraprocessados em diferentes sistemas do corpo.

Os estudiosos sugerem que o consumo elevado desses alimentos tem relação direta com o aumento de 21% no risco de morte por todas as causas: evidências indicaram, por exemplo, que uma maior ingestão de alimentos ultraprocessados está ligada a um aumento de cerca de 50% no risco de morte relacionada a doenças cardiovasculares. Ficou também comprovada uma elevação de 48% a 53% nas chances de desenvolver ansiedade e transtornos mentais (uma elevação de 22% nas chances de depressão), e um acréscimo de 12% no risco de diabetes tipo 2. O alto teor de sódio é responsável por elevar o risco de hipertensão, a gordura em excesso aumenta o colesterol e o açúcar é um fator para diabetes. Por tudo isto é que os responsáveis pelo estudo ressaltam a urgência de ações para mitigar o consumo desses produtos e ampliar a compreensão dos problemas ligados a eles.

Alimentos ultraprocessados – como refrigerantes, salgadinhos e comidas açucaradas – se tornam danosos à saúde porque passam por muitos processos industriais e contem emulsificantes, corantes, flavorizantes, aromatizantes e outros aditivos. Eles também costumam ser ricos em gordura, açúcar e sal, mas pobres em fibras e vitaminas.

O grave é que alimentos ultraprocessados chegam a compor até 58% do consumo diário total de energia, dependendo do país. Por serem, geralmente, mais baratos, os ultraprocessados são consumidos em grande quantidade em países mais pobres, como o Brasil. Apesar de estudos anteriores terem associado alimentos processados a problemas de saúde, uma revisão abrangente ainda não havia sido realizada.

No novo estudo, os pesquisadores realizaram uma revisão detalhada de 45 meta-análises agrupadas de 14 artigos, envolvendo os dados de quase dez milhões de participantes. As estimativas sobre os ultraprocessados foram obtidas a partir de uma variedade de métodos. No geral, os resultados mostraram consistentemente que uma maior exposição a esses alimentos estava associada ao aumento de 32 problemas de saúde. 

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O novo trabalho confirma o que defendemos reiteradamente: a alimentação é uma das bases de uma vida longeva com saúde. A ela, somam-se a prática de exercícios físicos, noites de sono reparadoras, evitar o tabagismo, o estresse e o consumo exagerado de bebidas alcoólicas.

Saúde é prevenção!

Gilberto Ururahy é médico há mais de 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. Em 1990, criou a Med Rio Check-up, líder brasileira em check-up médico. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França e autor de quatro livros: Como se tornar um bom estressado (editora Salamandra), O cérebro emocional (editora Rocco), Emoções e saúde (editora Rocco) e Saúde é Prevenção (editora Rocco), com o médico Galileu Assis, diretor da Med Rio Check-Up.

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