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Gilberto Ururahy

Por Gilberto Ururahy, médico Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Especialista em medicina preventiva

Quais são os fatores que protegem de doenças neurológicas?

Proteger o sistema cardiovascular é fundamental para a saúde

Por Gilberto Ururahy
5 Maio 2025, 15h37
Ilustração de um cérebro.
Embora a genética seja um fator importante para as doenças neurológicas, grande parte dos casos está ligada a fatores de risco modificáveis.  (Freepik/Reprodução)
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Pesquisadores do Mass General Brigham (MGB), um dos principais centros médicos dos Estados Unidos, associado à Universidade Harvard, listaram em um novo estudo (a partir de quase 60 metanálises), 17 fatores de risco ou protetores associados aos três distúrbios neurológicos que são a principal causa de incapacidade no mundo: demência, AVC e depressão de início tardio.

A pesquisa trouxe um recado alentador: embora a genética seja um fator importante para a gênese desses distúrbios, isso não significa uma sentença inescapável. Estudos e dados epidemiológicos de credibilidade, afirmam que até 80% dos casos de AVC, 45% de demência e 35% de depressão entre idosos estão ligados a fatores de risco modificáveis.

Dos 17 fatores do estudo, os que protegem a saúde neurológica estão: fazer atividades cognitivas no tempo livre, ter um propósito de vida e fazer atividade física moderada ou alta. Dentre os fatores de risco estão: pressão alta, obesidade e sobrepeso, sintomas de depressão, níveis elevados de glicose em jejum, colesterol total alto, doenças renais, perda de audição, insônia ou sono em excesso, tabagismo, consumo de álcool e estresse.

A alimentação foi considerada com efeito misto. O consumo de verduras, frutas, legumes, peixes, laticínios e oleaginosas foi considerado benéfico tendo em vista seu efeito protetor ao organismo. Já a ingestão excessiva de carnes vermelhas, bebidas adoçadas, doces e sal foi associado ao aumento do risco de doenças cerebrais.

Segundo os pesquisadores, a hipertensão e a doença renal tiveram o impacto mais significativo na incidência de AVC, demência e depressão, enquanto os exercícios físicos e a atividade cognitiva foram atrelados a um menor risco de desenvolvê-las. No entanto, eles ressaltam que ainda não está claro se os 17 itens da lista estão presentes na origem dessas doenças ou se, na verdade, seriam sintomas, especialmente no que se refere a demência e depressão de início tardio.

Há uma razão para os pesquisadores terem analisado essas doenças em conjunto. Segundo eles, AVC, demência e depressão tardia compartilham algo em comum: a saúde vascular. Com o passar dos anos, os pequenos vasos sanguíneos do cérebro passam a não funcionar como deveriam, seja por obstrução ou estreitamento, o que acaba por reduzir o fluxo de oxigênio. Isso leva às chamadas isquemias, que podem ter consequências graves. “Tudo está bastante interconectado. Não se trata exatamente da mesma patologia, é claro, mas há alguma sobreposição. Logo, faz sentido olhar para isso a partir de uma perspectiva mais humana, como gostamos de dizer”, afirmou um dos pesquisadores.

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O mais importante da divulgação deste estudo é ressaltar, mais uma vez, a importância do estilo de vida saudável para uma boa qualidade de vida e o alcance da longevidade com autonomia.

Saúde é prevenção!

Gilberto Ururahy é médico há mais de 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. Em 1990, desenvolveu a Med Rio Check-up, líder brasileira em check-up médico. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França, Conselheiro estratégico da ABRH-Brasil e autor de quatro livros: Como se tornar um bom estressado (editora Salamandra), O cérebro emocional (editora Rocco), Emoções e saúde(editora Rocco) e Saúde é Prevenção (editora Rocco), com o médico Galileu Assis, diretor da Med Rio Check-up.

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