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Gilberto Ururahy

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Especialista em medicina preventiva
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Ozempic falsificado: alerta de cuidado com a saúde

Versões falsas de remédio usado emagrecimento colocam saúde em risco

Por Gilberto Ururahy
13 ago 2024, 11h49
Uma mão segura diferentes tipos de comprimidos.
Diante da alta demanda e da oferta limitada de medicamentos, médicos e especialistas estão cada vez mais preocupados com versões falsas de Ozempic e outros remédios para perda de peso. (Freepik/Reprodução)
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Que o Ozempic virou uma febre no Brasil e no mundo por parte de quem deseja emagrecer, não resta dúvida. Apesar de se destinar ao tratamento de diabetes, o medicamento passou a ser adotado em larga escala para a redução de apetite – embora não seja qualquer pessoa que o possa consumir para essa finalidade.

Diante da alta demanda e da oferta limitada de medicamentos, médicos e especialistas estão cada vez mais preocupados com versões falsas de Ozempic e outros remédios para perda de peso. Esses falsos medicamentos podem parecer enganosamente reais e conter substâncias perigosas ou drogas totalmente diferentes das que afirmam conter.

Em junho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta sobre a apreensão de lotes falsos de Ozempic não apenas no Brasil, mas também nos Estados Unidos e no Reino Unido. O laboratório farmacêutico Eli Lilly divulgou uma mensagem expressando preocupação com versões falsificadas dos seus próprios medicamentos (Mounjaro e Zepbound) estarem à venda na internet e nas redes sociais – uma facilidade diante dos medicamentos verdadeiros, que são caros, muito procurados e nem sempre fáceis de encontrar.

A resposta é um gigantesco mercado de contrabando, com medicamentos falsificados vendidos online, não regulamentados e não licenciados, a preços baixos, sem prescrição médica ou qualquer contato com um médico, sem que os pacientes tenham a chance de se certificar do que há nesses produtos.

Outro mercado ilegal que se abriu diante da forte popularidade do Ozempic é a comercialização da substância que lhe dá origem, a semaglutida, para ser manipulada. Isso é extremamente perigoso porque os produtos disfarçados de Ozempic podem conter semaglutida impura, doses perigosamente altas ou outros medicamentos. Criminosos também costumam colar rótulos fraudados de Ozempic em canetas de insulina. Em janeiro, três pessoas nos Estados Unidos desenvolveram hipoglicemia, ou níveis perigosamente baixos de açúcar no sangue, após tomarem Ozempic supostamente falsificado. Qualquer medicamento falsificado pode ser perigoso, mas o Ozempic falso representa um risco particularmente alto porque é injetado.

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Pessoas que recorrem ao Ozempic devem sempre consultar um médico especializado para uma consulta, antes de começar a tomar o medicamento. Consumidores também devem estar atentos aos produtos vendidos a preços muito abaixo do usual nas farmácias.

Medicamentos podem ser aliados poderosos no processo de emagrecimento, mas está mais do que comprovada a importância do estilo de vida saudável a longo prazo: fazer exercícios, alimentar-se bem, dormir boas noites de sono reparador, fazer exames regulares e evitar o tabagismo são fundamentais nesta caminhada.

Saúde é prevenção!

Gilberto Ururahy é médico há mais de 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. Em 1990, criou a Med Rio Check-up, líder brasileira em check-up médico. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França e autor de quatro livros: Como se tornar um bom estressado (editora Salamandra), O cérebro emocional (editora Rocco), Emoções e saúde (editora Rocco) e Saúde é Prevenção (editora Rocco), com o médico Galileu Assis, diretor da Med Rio Check-Up.

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