Gilberto Ururahy
Por Gilberto Ururahy, médico
SEGUIR
SEGUINDO
OMS: 200 milhões de pessoas sofrem de doença pulmonar obstrutiva crônica
Prevenção passa pela adoção de um estilo de vida saudável
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) – antigamente conhecida como bronquite e enfisema pulmonar. O dado grave é que boa parte das pessoas desconhecem a condição: cerca de 80% dos casos. Do restante, 12% tem o conhecimento do diagnóstico e apenas 18% estão sob cuidados médicos. No Brasil, a estimativa é que mais de 7,5 milhões de pessoas padeçam da doença.
O que pouca gente sabe é que o principal fator de risco que leva à doença é evitável: o tabagismo. A própria OMS divulgou nesta semana novos dados sobre o hábito de fumar cigarro. Segundo a entidade, O tabagismo mata, em todo o planeta, mais de 8 milhões de pessoas por ano, 7 milhões de fumantes diretos e 1,3 milhão de fumantes passivos – que ficam rotineiramente expostos à fumaça.
O desafio no combate ao tabagismo é brutal: o mundo tem 1,3 bilhão de fumantes, 80% deles se concentram em países de média e baixa renda, o que faz com que o consumo de cigarro seja não apenas uma das principais causas de morte e doenças, mas também de agravamento no empobrecimento do mundo.
Segundo a OMS, não existe um nível seguro de consumo de tabaco e todas as formas de uso são prejudicais. Para enfrentar o problema, a OMS recomenda anúncios agressivos sobre os riscos do fumo. O novo relatório lembra que o cigarro está relacionado a 20 tipos ou subtipos de câncer – e é um fator de risco pra doenças cardiovasculares e respiratórias, justamente como a DPOC.
Dentre os sintomas da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica estão pigarro, chiado peitoral, sensação recorrente de cansaço, falta de ar, tosse e expectoração. Tudo isso leva a uma sobrecarga do coração que, eventualmente, pode parar de responder. A gravidade de cada caso é definida de acordo com a frequência e intensidade dos sintomas e com o estágio de dificuldade respiratória.
O diagnóstico de DPOC é feito por meio de exames de imagem – radiografia de tórax e tomografia computadorizada do tórax – e testes da função pulmonar. Quanto antes for diagnosticada e tratada, melhor, tendo em vista que se trata de uma doença que causa bastante incômodo ao paciente e seus familiares.
O estilo de vida é o melhor remédio na prevenção não apenas da DPOC, mas de diversos outros males. Alimentação saudável, prática de exercícios físicos, noites de sono regeneradoras, evitar o estresse, consumo moderado de álcool, check-up de rotina em dia e distância do tabagismo, como já foi falado, são o caminho mais acessível e comprovado rumo à longevidade com autonomia.
Saúde é prevenção!
Gilberto Ururahy é médico há mais de 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. Em 1990, criou a Med Rio Check-up, líder brasileira em check-up médico. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França e autor de quatro livros: Como se tornar um bom estressado (editora Salamandra), O cérebro emocional (editora Rocco), Emoções e saúde (editora Rocco) e Saúde é Prevenção (editora Rocco), com o médico Galileu Assis, diretor da Med Rio Check-Up.
Copacabana: fiquem atentos com os animais de estimação
“Lampião da Esquina”, um jornal LGBTQIA+ em plena ditadura
Ludmilla debocha de críticas sobre filha nascer em Miami
“Má influência”: o que é a série da Netflix que desbancou “Adolescência”?
Sete décadas de parceria com o Rio de Janeiro
